Brasil, 18 de junho de 2025
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Polícia investiga morte de mulher como feminicídio no DF

Raquel Gomes Nunes foi encontrada morta pelo filho em sua casa; companheiro é o principal suspeito do crime.

A morte de Raquel Gomes Nunes, de 46 anos, está sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), tratada como um possível feminicídio. O corpo da mulher foi descoberto pela filha, Rayane Oliveira Nunes, de 26 anos, na terça-feira (17), em sua residência localizada no Recanto das Emas. O principal suspeito da polícia é o companheiro da vítima, Fábio de Souza Santos, de 24 anos, que permanece desaparecido.

Desaparecimento e descoberta do corpo

Rayane, que espera um filho, não conseguia entrar em contato com a sua mãe desde a quarta-feira (11). A ausência de Raquel no chá de fraldas de sua filha, realizado no domingo (15), a fez ficar preocupada, levando-a a registrar um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento na segunda-feira (16). Após se dirigir à residência da mãe, Rayane encontrou Raquel sem vida dentro do banheiro.

Investigação inicial indica sinais de violência

De acordo com o delegado-chefe da 27ª Delegacia de Polícia, Fernando Fernandes, o corpo da vítima apresentava sinais de violência, incluindo enforcamento. Raquel tinha um histórico de relacionamento conturbado com Fábio de Souza Santos, cujo comportamento violento é a principal preocupação das autoridades. O suspeito já possuía várias passagens pela polícia, que incluem crimes como furto, roubo, injúria e lesão física, destacando ainda uma condenação pela Lei Maria da Penha.

O contexto dos feminicídios no DF

Caso a hipótese de feminicídio seja confirmada, este será o 13º incidente desse tipo registrado no Distrito Federal apenas em 2025. Neste ano, a violência de gênero tem mostrado um padrão alarmante: a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que até 13 de maio, 88,9% das vítimas não haviam feito denúncias contra os agressores, enquanto 44,4% já tinham sofrido violência anteriormente.

Os dados mais recentes revelam que a maioria dos feminicídios ocorre no interior das residências e que as armas mais utilizadas são faca e asfixia. Além disso, 55% das motivações alegadas pelos assassinos têm relação com ciúmes, reafirmando a grave questão da violência contra mulheres em contextos de relacionamento abusivo.

Como denunciar e buscar ajuda

As autoridades alertam para a importância de fazer denúncias e buscar auxílio. O Disque 197 é uma opção para quem possui informações sobre o paradeiro de pessoas desaparecidas ou deseja reportar casos de violência. Além disso, as mulheres em situações de risco podem procurar apoio através do número 129 da Central de Atendimento da Defensoria Pública, que conta com um canal exclusivo para atender vítimas de violência.

As Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam) e o aplicativo Direitos Humanos Brasil também são recursos disponíveis para ajudar mulheres em situações perigosas. É essencial que essas técnicas de apoio sejam amplamente divulgadas e que as vítimas saibam que não estão sozinhas.

Além da dor da perda, os feminicídios também geram consequências devastadoras, como a criação de crianças órfãs. Em 2025, pelo menos 39 jovens e crianças perderam suas mães no DF devido a essa terrível realidade. A sociedade e as autoridades precisam se unir para combater essa epidemia silenciosa e combater a cultura de violência contra as mulheres.

Com a continuidade das investigações, espera-se que a polícia consiga novas informações sobre o paradeiro do suspeito e que justiça seja feita neste caso trágico. A situação exige ação e empatia da comunidade para que outras vidas sejam poupadas e que as mulheres recebam o respeito e a proteção que merecem.

Para mais desdobramentos sobre esta e outras notícias relacionadas, siga-nos aqui no g1 DF.

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