O ator Will Smith revelou, pela primeira vez de forma pública, que foi oferecido para interpretar o personagem Dominic Cobb em “A Origem”, de Christopher Nolan. A decisão de recusar o papel, que posteriormente foi conquistado por Leonardo DiCaprio, nasceu do fato de que Smith, na época, não conseguiu compreender completamente a complexa trama do filme.
O que levou Will Smith a não aceitar o papel?
Durante entrevista ao Kiss Xtra, Smith explicou que, na época, as histórias que envolvem realidades alternativas e sonhos dentro de sonhos o confundiam. “Eu realmente não entendia o roteiro de cara”, afirmou. “Chris Nolan me ofereceu o papel primeiro, e eu simplesmente não consegui pegar a proposta.”
Segundo o ator, seu comentário reflete o desafio que muitos atores enfrentam ao lidar com roteiros de alta complexidade. “São filmes que exploram realidades alternativas… eles não vendem bem na primeira apresentação”, disse. Smith ainda revelou que, embora não tenha entendido na hora, a frustração de recusar papéis que se tornam permanecem como lições importantes: “Dói ver esses filmes se tornarem tão bem-sucedidos, depois de você ter recusado.”
Outros papéis e aprendizados
Além de “A Origem”, Will Smith também rejeitou o papel de Neo em “Matrix”, que acabou sendo interpretado por Keanu Reeves e se tornou um ícone da cultura pop. Em 2019, Smith compartilhou essa história, reforçando a ideia de que às vezes é necessário coragem para abrir mão de um papel, mesmo que o filme venha a ser um sucesso.
Smith afirmou ainda que, ao revisitar seu próprio entendimento de “A Origem” posteriormente, percebeu que deveria ter confiado na visão de Nolan. “Quando alguém como ele oferece um papel, é sempre uma oportunidade de aprender, mesmo que na primeira não entenda tudo”, concluiu.
Reflexão para os atores
A história de Will Smith serve de aprendizado para muitos profissionais do cinema: às vezes, o entendimento completo de um roteiro pode vir com o tempo e a experiência. E, mesmo que na hora você não compreenda, há sempre espaço para aprender e evoluir.
Hoje, “A Origem” é considerado um dos grandes filmes de Nolan e uma obra-prima que exige atenção, mesmo após múltiplas visualizações. Para Smith, a lição é clara: aceitar os convites de cineastas renomados, mesmo sem entender tudo inicialmente, pode abrir portas para futuras descobertas.