Depois de anunciar sua participação no aguardado filme de Fórmula 1, Simone Ashley teve seu papel drasticamente reduzido a uma breve participação, confirmando o afastamento de muitos atores de cor de papéis relevantes em Hollywood. A situação reacende o debate sobre racismo estrutural na indústria do cinema.
De destaque a desaparecimento: o que aconteceu com Simone Ashley no filme de F1?
Originalmente, Simone Ashley foi anunciada como uma das protagonistas do filme de F1, estrelado por Brad Pitt, e sua presença nas filmagens foi bastante divulgada. Em fevereiro, ela participou de eventos e foi vista filmando ao lado de Damson Idris, alimentando expectativas sobre seu personagem. No entanto, fontes próximas revelaram que, após as edições finais, seu papel foi reduzido a uma rápida aparição sem diálogos, causando surpresa entre fãs e críticos.
Diretor explica corte e minimiza impacto
Em entrevista à revista People, o diretor Joseph Kosinski confirmou que a exclusão de partes da história, incluindo o papel de Simone, ocorre em quase todos os filmes devido ao processo de edição. “Houve histórias que não entraram na versão final, o que é comum na produção cinematográfica,” afirmou. Kosinski também destacou a admiração por Simone Ashley, dizendo que “ela é uma talentosa artista e espero trabalhar com ela novamente”.
Reação de Simone Ashley e o peso do racismo na indústria
Simone ainda não se pronunciou publicamente sobre sua exclusão, embora, em entrevista recente à Elle, tenha comentado que seu papel foi “muito pequeno” e que se sente grata pela experiência. “Não acho que farei algo assim novamente”, disse a atriz. Contudo, o episódio amplificou questões sobre a subrepresentação de atores de cor em grandes produções, uma problemática antiga em Hollywood.
A atuação de atores de cor em outros filmes sob escrutínio
A situação de Simone trouxe à tona exemplos históricos, como Manny Jacinto, que teve seu diálogo cortado em Top Gun: Maverick, ou a atriz Ambika Mod, que falou sobre o impacto de sua carreira após um papel menor em One Day em comparação a seu coestrete branco, Leo Woodall. Esses casos evidenciam um padrão de marginalização e invisibilidade de atores de cor na indústria audiovisual.
Repercussões e próximos passos
Apesar do silêncio de Simone, a controvérsia continua crescendo nas redes sociais, onde fãs e críticos cobram maior transparência e representatividade. Ainda não há uma declaração oficial do estúdio ou do próprio Kosinski, mas analistas apontam que episódios como esse reforçam a necessidade de uma reflexão sobre racismo estrutural em Hollywood.
O filme de Fórmula 1 deve ser lançado ainda neste ano, mas a ausência de Simone Ashley na divulgação oficial e na estreia demonstra o impacto que a questão tem gerado entre o público e o setor cinematográfico. A discussão, portanto, promete continuar nos próximos meses, reforçando a luta por direitos e reconhecimento de atores de cor na indústria do entretenimento.