Brasil, 18 de junho de 2025
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Vereador critica Alexandre de Moraes e joga Constituição no chão

Gilson Machado Filho protesta na Câmara do Recife após prisão de seu pai, ex-ministro Gilson Machado, acusando perseguição política.

No último dia 16 de junho, o vereador Gilson Machado Filho (PL-PE) usou a tribuna da Câmara Municipal do Recife para expressar sua indignação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo da sua revolta foi a prisão do pai, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, ocorrida na sexta-feira anterior, dia 13, em um caso envolvendo suspeitas de tentativa de auxílio a um ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A prisão de Gilson Machado

Gilson Machado foi detido sob a acusação de tentar ajudar o tenente-coronel Mauro Cid a obter um passaporte português. No mesmo dia em que foi preso, o ministro Moraes determinou a sua soltura, após o ex-ministro negar qualquer envolvimento no esquema. Segundo Gilson, ele buscava o passaporte para seu próprio pai, e não para Cid.

  • Detenção: Gilson Machado foi preso no último dia 13 de junho.
  • Acusações: Suspeita de ajudar Mauro Cid na obtenção de passaporte.
  • Libertação: Solto no mesmo dia por decisão de Alexandre de Moraes.
  • Justificativa: Segundo o ex-ministro, o passaporte seria em seu próprio benefício e não para Cid.

Ao discursar na Câmara, Gilson Filho denunciou a “perseguição política” que seu pai estaria sofrendo. Com um exemplar da Constituição em mãos, o vereador lançou o livro ao chão como forma de protesto. “A realidade, vereadores, é que a gente tem esse texto aqui, mas eu poderia jogar a Constituição. É isso que o ministro Alexandre de Moraes faz no nosso país. Ele pega a Constituição Brasileira e rasga. Ele, hoje, está se achando o ditador do Brasil”, declarou, claramente emocionado.

Críticas às ações do ministro

Durante seu discurso, o vereador fez questão de salientar que a prisão do ex-ministro é parte de uma estratégia mais ampla para desacreditar aliados de Bolsonaro. Ele apresentou uma foto de seu pai ao lado do ex-presidente Donald Trump, evidenciando sua trajetória política e afirmando: “Esse aqui, olha, é um homem íntegro, de bem, que é conhecido pelo seu trabalho não só no Brasil, mas mundo afora”.

“Uma perseguição desesperada. A narrativa de Mauro Cid caiu e o ministro Alexandre de Moraes está buscando todos os aliados de Bolsonaro para tentar incriminar. Mas mexeram com o cara errado”, afirmou Gilson Filho.

Além das duras críticas, o vereador pontuou as medidas cautelares impostas ao seu pai pela Justiça, como a proibição de sair da comarca onde reside, o cancelamento do passaporte e a obrigatoriedade de comparecimento quinzenal ao Judiciário. Ele ressaltou os prejuízos que essas restrições acarretam na atividade profissional do ex-ministro, que atua como empresário no setor de forró. “Ele não pode sair do Recife. Detalhe, meu pai mora em Jaboatão dos Guararapes. Ele não pode ir para o show da banda dele, e ele é empresário do setor de forró. A gente está no São João, ele tem mais de 10 shows marcados”, lamentou.

Em um tom reflexivo, o vereador criticou a conduta de Moraes, afirmando: “Para Alexandre de Moraes, primeiro se prende, depois se investiga.” Ele enfatizou que seu pai foi tratado de forma injusta, sem que qualquer crime tivesse sido comprovado. Ao final de sua fala, Gilson Filho agradeceu o apoio de outros parlamentares presentes na sessão e foi aplaudido, enquanto o presidente da Câmara, Romerinho Jatobá (PSB), expressou solidariedade: “Quero deixar registrado que, independente das diferenças partidárias ou de ideologia política, conte com minha solidariedade, conte com meu apoio.”

O incidente gerou grande repercussão nas redes sociais e na mídia local, trazendo à tona debates sobre a liberdade política e a atuação do STF. A disputa entre os apoiadores de Bolsonaro e as autoridades é mais um capítulo na polarização que caracteriza a política brasileira atualmente.

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