Brasil, 18 de junho de 2025
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CBF forma grupo de trabalho para regulamentar fair play financeiro

A CBF anunciou que 27 clubes e oito federações estaduais participarão de um grupo para regulamentar o fair play financeiro no Brasil.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu um importante passo em direção a um futebol mais sustentável financeiramente no Brasil. Recentemente, a entidade anunciou a inscrição de 27 clubes e oito federações estaduais para participar de um grupo de trabalho (GT) que terá como missão elaborar uma proposta de Regulamento do Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF), também conhecido como Fair Play Financeiro. O objetivo dessa iniciativa é implantar regras que inibam o endividamento excessivo das agremiações e evitem atrasos nos salários dos jogadores, promovendo um ambiente financeiro mais saudável no futebol nacional, semelhantemente ao que já ocorre em ligas na Europa.

Clubes que aderiram à proposta

De acordo com a CBF, 15 clubes da Série A manifestaram interesse em fazer parte do grupo. Os participantes incluem Bahia, Botafogo, Bragantino, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Grêmio, Internacional, Juventude, Palmeiras, Santos, São Paulo, Sport e Vasco. Entre as ausências notáveis, destacam-se as do Corinthians e Atlético-MG, que figuram entre os clubes com as maiores dívidas do futebol brasileiro. Na Série B, 12 equipes se inscreveram, incluindo América-MG, Athletico, Avaí, entre outros. As federações que também se engajaram no processo são Alagoas, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e Sergipe. Fica evidente a ausência das federações de São Paulo e Rio, que são as mais ricas do país, o que levanta questões sobre a inclusão de todos os segmentos do futebol.

Critérios para formação do grupo de trabalho

A CBF esclareceu que a mera inscrição não garante a participação automática dos clubes e federações no grupo de trabalho. A entidade ressaltou que a composição final será realizada nos próximos dias com a ajuda de consultores técnicos independentes. Essa seleção atende a critérios que asseguram diversidade regional, representação de diferentes modelos de gestão e um equilíbrio entre os vários segmentos do futebol brasileiro. No entanto, a quantidade exata de participantes ainda não foi divulgada.

Próximos passos e expectativas

A primeira reunião do grupo ainda não tem data definida, mas está prevista para ocorrer após a Copa do Mundo de Clubes, que se estende até o dia 13 de julho. Conforme estabelecido pela CBF, o GT terá um prazo de 90 dias, a contar dessa reunião, para apresentar ao presidente Samir Xaud a proposta final que normatizará o Fair Play Financeiro no Brasil. O trabalho estará sob a coordenação de Ricardo Gluck Paul, vice-presidente da entidade, que destacou a urgência de um regulamento que proporcione responsabilidade financeira.

“Nos próximos dias, vamos concluir a composição do grupo com base nas manifestações recebidas, sempre buscando pluralidade e equilíbrio regional. A participação de todos será essencial para que possamos construir, com legitimidade e excelência técnica, um regulamento que fortaleça o nosso esporte. O futebol brasileiro precisa urgentemente de responsabilidade financeira. Não temos mais tempo a perder”, declarou Gluck Paul.

Essa nova fase na gestão financeira do futebol brasileiro pode representar um divisor de águas, ajudando clubes a evitar os problemas financeiros que têm afetado o esporte nos últimos anos. Com um regulamento robusto e fórmulas de controle, a CBF busca não apenas proteger as equipes de grandes dívidas, mas também garantir que o foco permaneça no desenvolvimento do futebol no Brasil, tanto em âmbito nacional quanto internacional.

O início deste processo, embora recente, sinaliza uma nova era de responsabilidade e sustentabilidade, um passo necessário para o fortalecimento do futebol brasileiro e para a proteção de seus trabalhadores e amantes do esporte.

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