< H1 >Petrobras dispara após alta do petróleo e tensões geopolíticas< /H1 >
< chapeu >ECONOMIA< /chapeu >
< e >Ações da Petrobras sobem mais de 2% nesta terça-feira, impulsionadas pela valorização do petróleo Brent e incertezas no Oriente Médio< /e>
< p >As ações da Petrobras dispararam mais de 2% no pregão desta terça-feira, acumulando uma alta de 9,62% em uma semana, diante do aumento no preço do petróleo Brent e do cenário geopolítico instável no Oriente Médio. Os papéis da estatal acompanham a oscilação do petróleo, que valorizou 4,40%, negociado a US$ 76,45 na Bolsa de Londres, refletindo as tensões crescentes entre Irã e Israel. < /p>
< h2>Petrolíferas e movimento do mercado de commodities< /h2 >
< p >A alta do petróleo impacta diretamente as ações da Petrobras, que tiveram seu menor valor do ano em 5 de maio, quando reagiram à baixa histórica do petróleo abaixo de US$ 60. Desde então, a cotação se recuperou, e as preferenciais (PETR4) passaram de R$ 28,87 para R$ 32,94, um aumento de 14%. Já as ações ordinárias (PETR3) subiram 2,95%, a R$ 35,95 nesta terça.< /p>
< p >A instabilidade no Oriente Médio, intensificada pelos ataques de Israel ao Irã e as ameaças de Teerã de interromper o fluxo de petróleo pelo Estreito de Ormuz, mantém o mercado atento à continuidade da alta nas cotações. Na semana passada, o Brent chegou a subir mais de 13% após o início dos conflitos. Segundo analistas, as tensões podem manter o petróleo entre US$ 70 e US$ 80 por um período significativo, embora uma escalada até US$ 90 ainda não seja descartada.< /p>
< h2>Conflito no Oriente Médio e impactos globais< /h2 >
< p >O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reuniu-se com sua equipe de segurança em meio às crescentes tensões no Oriente Médio. Em suas redes sociais, Trump afirmou que o espaço aéreo do Irã estaria totalmente controlado pelos EUA e exigiu a “rendição incondicional” do país. Além disso, descartou a possibilidade de um cessar-fogo imediato, buscando uma resolução mais dura para o conflito.< /p>
< p >Até o momento, a infraestrutura de exportação de petróleo do Irã não foi significativamente afetada, mas há preocupação com possíveis interrupções no transporte marítimo pelo Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% da produção mundial de petróleo. Analistas avaliam que novas tensões podem manter os preços do petróleo elevados nos próximos dias.< /p>
< p >Segundo Razan Hilal, analista da Forex.com, os investidores estão se posicionando para possíveis aumentos nas cotações, com destaque para o aumento na demanda por opções de compra. Frederico Nobre, gestor na Warren, destaca que é preciso acompanhar se as tensões escalarão, mas acredita que o petróleo pode se manter entre US$ 70 e US$ 80 por algum tempo.< /p>
< h2>Petróleo em alta impulsiona Petrobras e afeta mercado interno< /h2 >
< p >As ações da Petrobras tendem a acompanhar a variação do petróleo. Recentemente, a estatal reduziu os preços da gasolina nas refinarias após a queda do petróleo, mas Nobre alerta que, com o petróleo em alta, a tendência é que os custos com combustíveis aumentem novamente, especialmente se os preços do Brent continuarem a subir.< /p>
< p >Apesar do avanço recente, o dólar comercial voltou a subir nesta terça, a R$ 5,498, após uma forte queda na véspera, influenciado pelo aumento das tensões no Oriente Médio e por sinais de envolvimento mais direto dos EUA na crise, como destacou Leandro Ormond, da Aware Investments. O índice DXY, que mede o valor da moeda americana frente a uma cesta de moedas, avançava 0,82%, chegando a 98,80 pontos.< /p>
< p >Na Bolsa brasileira, enquanto as ações da Petrobras subiram em reação ao petróleo, os papéis da Vale (VALE3) caíram 4,50%, encerrando o dia a R$ 51,41, pressionando o índice majoritariamente em campo negativo. O cenário de incertezas geopoliticas continua a influenciar o humor dos investidores.< /p>
< p >Dentro do cenário doméstico, o mercado acompanha ainda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que realiza reunião para definir a nova taxa de juros do Brasil. As apostas estão divididas entre uma elevação de 0,25 ponto percentual ou a manutenção em 14,75%, reforçando o diferencial de juros e as operações de carry trade, que atraem capital estrangeiro.< /p>
< p >Para especialistas como Frederico Nobre, a continuidade da volatilidade no petróleo e as tensões globais podem manter o mercado em constante movimento, com potencial para altas temporárias na cotação do petróleo e, consequentemente, nas ações da Petrobras.< /p>