A 5ª Vara Empresarial do Rio homologa nesta terça-feira o acordo de standstill entre a Invepar e seus credores, incluindo bancos e fundos de pensão. A decisão, que foi submetida à Justiça ontem à noite, dá início a um processo de renegociação que terá prazo de 15 dias, podendo ser prorrogado por mais 15 dias.
Detalhes do acordo e impacto financeiro
De acordo com informações divulgadas, a Invepar deve R$ 1,544 bilhão a bancos como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e BDMG, além da Mubadala Capital e dos fundos de pensão acionistas. O entendimento anterior, que envolvia resistências ao standstill, foi favorecido pelo fim de um litígio de seis anos entre a Lamsa e a Prefeitura do Rio de Janeiro, contribuindo para a aproximação das partes.
Segundo a coluna, o acordo evita a recuperação judicial da controladora das concessionárias da Linha Amarela e do Aeroporto de Guarulhos, podendo defender uma recuperação extrajudicial. Essa medida oferece uma alternativa mais rápida e menos onerosa para solucionar a crise financeira da Invepar.
Contexto e próximas etapas
A assinatura do acordo por todos os credores, incluindo a Mubadala Capital, foi revelada ontem, reforçando o esforço de evitar medidas judiciais mais severas. A renegociação ocorre em meio ao esforço para solucionar a dívida elevada da empresa e estabilizar suas operações.
O prazo de 15 dias para renegociação poderá ser estendido por mais 15 dias, conforme a decisão da Justiça. O próximo passo será a elaboração de um plano detalhado de recuperação extrajudicial, que deve ser concluído nas próximas semanas.
Perspectivas para o setor de concessões
Especialistas avaliam que o entendimento representa um sinal positivo para o setor de concessões no Brasil, ao demonstrar que empresas podem renegociar dívidas vultosas sem recorrer imediatamente à recuperação judicial. A iniciativa também favorece a preservação de empregos e a continuidade de serviços essenciais.
Para mais detalhes sobre as dívidas da Invepar, acesse o artigo completo sobre o valor exato das dívidas da Invepar com os bancos.
Fonte: O Globo