Um crime chocante abalou a cidade de São Pedro, em São Paulo, onde o casal de advogados Hércules Praça Barroso e Fernanda Morales Teixeira foi preso sob a suspeita de mandarem matar um casal de empresários em abril deste ano. De acordo com as investigações, o motivo por trás desse ato brutal seria a intenção de se apossar do patrimônio das vítimas, que totaliza cerca de R$ 15 milhões. A revelação chocou a comunidade e gerou uma série de questionamentos sobre a ética profissional e o papel de advogados na proteção de seus clientes.
Motivações por trás do crime
Segundo informações fornecidas pela delegada Juliana Ricci, que liderou a investigação, os advogados teriam arquitetado o crime com um objetivo claro: adquirir os bens do casal de empresários José Eduardo Ometto Pavan e Rosana Ferrari, que não tinham descendentes. O casal, que era proprietário de uma escola infantil e comerciante, havia constituído uma holding para proteger seu patrimônio de ações judiciais, o que acabou sendo explorado pelos advogados.
Desdobramentos legais e éticos
O envolvimento dos advogados no crime se tornou ainda mais suspeito ao serem revelados detalhes sobre como a holding foi criada. Conforme relatado pela delegada, a estrutura foi registrada em nome dos próprios defensores, permitindo que eles controlassem a transferência dos bens dos empresários. Em 2013, Ometto e Ferrari adquiriram 16 flats em São Carlos, mas o empreendimento não prosperou e, com ações judiciais surgindo, buscaram ajuda legal para proteger seu patrimônio. Essa estratégia acabou se tornando a ferramenta através da qual os advogados tentaram se apropriar dos bens alheios.
Manipulação e falsificação
A delegada Juliana Ricci também revelou que os advogados foram acusados de falsificar documentos, incluindo uma decisão judicial, para justificar custos processuais que não existiam. “Só em imóveis, foi uma média de R$ 12 milhões em honorários. É um valor um pouco acima da média. Aliás, muito acima da média”, afirmou a delegada. O dano total aos empresários foi estimado em cerca de R$ 15 milhões, levantando sérias preocupações sobre a ética na prática jurídica.
A prisão dos suspeitos
Os advogados foram presos durante uma operação chamada “Jogo Duplo”, realizada pela DEIC de Piracicaba, onde foram cumpridos quatro mandados de prisão e cinco de busca e apreensão. Além dos advogados, outros dois homens foram detidos como supostos executores do crime. As prisões ocorreram em um condomínio de luxo em São Carlos, refletindo a forma como o crime foi elaborado por pessoas de um círculo que aparentava ser respeitável.
Repercussão na sociedade
O caso atraiu a atenção não só da mídia, mas também de organizações que defendem a ética na advocacia. A possibilidade de advogados, que têm a responsabilidade de proteger os interesses de seus clientes, estarem envolvidos em um crime tão hediondo, levanta questionamentos sérios sobre o controle da profissão e a necessidade de maior rigor na supervisão de condutas éticas na ordem dos advogados.
A comunidade de São Pedro está em estado de choque com as revelações. Os moradores, que conheciam o casal de empresários e o respeito que tinham na cidade, expressaram sua indignação nas redes sociais e clamam por justiça.
Desdobramentos futuros
A investigação continua, com a polícia em busca de dois outros suspeitos supostamente envolvidos na execução do crime. As ações do caso são um alerta para a necessidade de uma vigilância constante sobre as práticas de advogados e a proteção dos direitos dos cidadãos. O que ocorreu com Ometto e Ferrari serve como um triste lembrete de como a confiança pode ser traída, levando a resultados devastadores em vidas humanas.
As autoridades estão determinadas a trazer todos os responsáveis à justiça, garantindo que a comunidade possa, ao menos, encontrar um pouco de paz em meio a essa tragédia.
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