Brasil, 18 de junho de 2025
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Mulher de Georgia, declarada morta cerebralmente, dá à luz após quatro meses em suporte de vida

Adriana Smith, que foi considerada morta cerebralmente em fevereiro, teve bebê de 1,13 libra por emergência, enquanto aguardava retirada de suporte

Adriana Smith, uma enfermeira de Atlanta, deu à luz um menino de 29 semanas de gestação após quase quatro meses em suporte de vida, apesar de ter sido declarada cerebralmente morta em fevereiro. O parto emergencial ocorreu na sexta-feira, dia 13 de junho, e o bebê, chamado Chance, está na UTI neonatal.

Histórico e estado do bebê Chance

Chance, que nasceu pesando 1 libra e 13 onças, encontra-se atualmente na UTI neonatal, onde recebe cuidados especializados. A mãe, April Newkirk, afirmou à mídia que o menino “está esperando estar bem” e pediu orações para a recuperação dele. Segundo ela, os médicos planejaram o parto para 32 semanas, mas uma emergência levou à cesariana na semana 29.

Smith, que completou 31 anos no último domingo, tem previsão de ter o suporte de vida removido na terça-feira, dia 17, conforme informou sua mãe. “Não deveria estar enterrando minha filha, ela deveria estar enterrando mim”, lamentou Newkirk. Além de Chance, Adriana Smith é mãe de um menino de 7 anos.

Contexto do caso e legalidade

Em fevereiro, Smith procurou atendimento após sofrer dores de cabeça intensas, mas foi enviada para casa com medicação. No dia seguinte, seu namorado a encontrou “gasping for air” e acionou o resgate. Após exames, foi descoberto que ela tinha múltiplos coágulos cerebrais, levando à sua declaração de morte cerebral, mesmo estando grávida de nove semanas.

O caso ganhou atenção nacional em maio, quando sua mãe relatou que o Hospital Emory, em Atlanta, alegou necessidade de mantê-la em suporte de vida até o nascimento do bebê, citando a legislação do estado da Geórgia. As leis estaduais proíbem aborto após a detecção de batimentos cardíacos fetais, mas a remoção de suporte de vida de uma paciente em morte cerebral não é considerada aborto, segundo o escritório do procurador-geral do estado.

Debates legais e éticos sobre suporte de vida e aborto

O escritório do procurador-geral da Georgia declarou que a Lei LIFE não exige que pacientes em morte cerebral sejam mantidos em suporte de vida, explicando que a retirada de suporte não visa terminar uma gravidez, mas sim tratar de uma condição de falência múltipla de órgãos.

Questionamentos jurídicos sugerem que a legislação aplicável pode ser a Lei de Diretivas Avançadas de Saúde do estado, a qual permite que procedimentos de sustentação de vida sejam limitados em casos de gravidez avançada, priorizando a vida do feto. Especialistas como David Gibbs III, advogado do Centro Nacional de Vida e Liberdade, destacam que a legislação de exclusão de gravidez costuma prevalecer nesses casos.

Perspectivas futuras e impacto social

O episódio levanta debates sobre os limites da lei e da ética médica, especialmente em situações envolvendo gravidez avançada e morte cerebral. A família Smith continua aguardando a decisão final sobre a retirada do suporte, enquanto o bebê Chance recebe cuidados intensivos.

Autoridades e especialistas destacam que o caso evidencia a complexidade jurídica e moral de casos similares, estimulando discussões sobre os direitos das pacientes, a legislação de proteção fetal e os limites da assistência médica em contextos de morte cerebral durante a gestação.

(Fonte: Catholic News Agency, 17 de junho de 2025)

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