Brasil, 18 de junho de 2025
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Pesquisa revela jornada de trabalho além do horário e fins de semana

Estudo da Microsoft aponta rotina exaustiva, com profissionais recebendo mais de 50 mensagens fora do expediente e reuniões sem planejamento

Uma pesquisa divulgada pela Microsoft nesta terça-feira (17) mostra que a rotina de muitos profissionais ultrapassa o horário comercial, chegando a incluir fins de semana e noites tardias. Com base em dados do Microsoft 365, o estudo evidencia uma “jornada de trabalho infinita”, marcada por alta quantidade de mensagens, reuniões não agendadas e incessantes interrupções ao longo do dia.

Rotina exaustiva e impacto na saúde dos trabalhadores

Segundo o levantamento, 40% dos usuários do Microsoft 365 verificam seus e-mails às 6h da manhã, e quase um terço permanece ativo até as 22h. Além disso, os profissionais recebem, em média, mais de 50 mensagens fora do horário de expediente, com uma intensificação de 16% no número de reuniões realizadas após as 20h em relação ao ano passado.

O relatório também revela que cada trabalhador é interrompido aproximadamente 275 vezes por dia — por e-mails, mensagens ou convites para reuniões — dificultando a concentração e a execução de tarefas.

Desorganização e pressão no ambiente de trabalho

O excesso de mensagens e a ausência de planejamento contribuem para a desordem na rotina. Cerca de 57% das reuniões ocorrem sem agendamento prévio no calendário, e uma em cada dez é marcada em cima da hora. Essa dinâmica prejudica a produtividade, que costuma ser concentrada nos momentos de maior foco, como o fim da manhã e o começo da tarde, muitas vezes consumidos por encontros e trocas de mensagens.

Nos 10 minutos que antecedem uma reunião, edições em apresentações do PowerPoint sobem 122%, comparable a estudos de última hora. Esse ritmo atribulado tem efeitos palpáveis na saúde dos profissionais: 54% se sentem sobrecarregados e 39% relatam exaustão, mesmo com a produtividade percebida como mantida ou aumentada.

Frustrações e necessidade de mudança

Os dados apontam também para uma insatisfação geral com a falta de clareza nas prioridades e com a distância entre colaboradores e lideranças. No Brasil, 73% dos gestores gostariam de modificar o ritmo de trabalho, mas se sentem sem autonomia para implementar mudanças.

Para a Microsoft, o caminho envolve uma reorganização do ambiente de trabalho, com uso estratégico de inteligência artificial para automatizar tarefas repetitivas e liberar tempo para atividades mais relevantes. Os autores do estudo afirmam que o problema não é a quantidade de tarefas, mas a má organização e a cultura de uma jornada contínua que precisa ser repensada para promover o bem-estar dos profissionais.

Perspectivas futuras

O relatório sugere que a transformação do cenário laboral depende de uma mudança de foco, que deixe a quantidade de tarefas de lado e passe a valorizar o impacto. As empresas terão que repensar suas culturas de trabalho, investindo em tecnologia e na autonomia dos trabalhadores para evitar o esgotamento e promover uma rotina mais equilibrada.

Para mais detalhes, acesse a fonte completa.

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