Brasil, 17 de junho de 2025
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Por que soldados marcharam mal na parada militar de Trump?

Especialista explica que o desempenho fraco pode estar relacionado ao cansaço e à desmotivação, não a protestos políticos.

Neste final de semana, Washington D.C. recebeu uma parada militar em homenagem ao Dia da Bandeira e ao 250º aniversário do Exército dos EUA. No entanto, as imagens que viralizaram mostraram soldados marchando fora de ritmo e com energia baixa, gerando dúvidas sobre o motivo do desempenho ruim. Charlotte Clymer, ex-militar e ativista, explica que o episódio não foi uma manifestação contra o governo, mas reflete o cansaço e a insatisfação dos militares.

Marcha descoordenada e desmotivação dos soldados

Com uma vasta experiência na Cavalaria Real, Charlotte afirma que a disciplina de marcha é algo que todos os soldados aprendem na formação básica, sendo algo relativamente simples de executar. “Eles treinam horas e horas, e há ensaios específicos antes do evento”, destaca. Para ela, o que vimos na parada foi resultado da fadiga acumulada, um sentimento comum após viagens longas, hospedagens precárias e longas horas de espera.

Fatores que influenciaram a performance

Segundo Charlotte, muitos soldados estavam “cansados, irritados e provavelmente um pouco zangados”, o que impactou seu desempenho. “A experiência foi agravada pelo fato de terem que viajar de fora, dormir em alojamentos ruins e aguardar horas para marchar”, explica. Além disso, ela destaca a percepção de que a própria parada era desnecessária e tinha um propósito mais de exaltação pessoal do que de respeito às tradições militares.

O impacto político e militar da parada

Charlotte discorda que os militares estejam fazendo uma forma de protesto. Para ela, a baixa energia e os passos fora do compasso demonstram um desânimo geral, refletindo o sentimento de que o evento foi uma homenagem vazia, centrada na vaidade de Donald Trump. “Ele queria uma parada de estilo norte-coreano ou francês, algo que reforçasse seu ego,” comenta.

Ela também compara o evento à parada de posse presidencial, onde a disciplina costuma ser rigorosa. “Foi uma vergonha profunda. Nações adversárias podem estar se perguntando se esse exército realmente apoia seu comandante”, avalia.

Repercussões e reflexões sobre a moral das forças armadas

Questionada sobre possíveis implicações futuras, Charlotte afirma que a situação indica uma divisão na força militar. “Nossa maior prioridade é que o exército seja imparcial e fiel à Constituição. Essa divisão pode gerar problemas sérios, especialmente se as forças forem usadas em protestos ou ações civis”, observa.

Ela conclui dizendo que a performance apresentada na parada reflete um momento de insatisfação e descontentamento entre os militares, que se sentem desrespeitados e usados para uma exaltação pessoal. “Era como assistir a um jogo de beisebol profissional em que os jogadores deixam cair jogadas fáceis repetidamente — uma situação surreal e embaraçosa”, finaliza.

Para acompanhar mais detalhes sobre o evento, leia a matéria completa aqui.

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