A congressista republicana Marjorie Taylor Greene e o apresentador do Fox News, Mark Levin, envolveram-se em uma disputa pública nesta semana sobre qual deles representa mais fielmente os valores do movimento MAGA. A troca de farpas começou após Greene comentar, nas redes sociais, sobre o conflito entre Israel e Irã, defendendo evitar envolvimento dos EUA em guerras estrangeiras.
Greene e a oposição a intervenções militares dos EUA
Na noite de domingo, Greene utilizou a plataforma X (antigo Twitter) para expressar sua preocupação com o conflito no Oriente Médio. Segundo ela, os Estados Unidos não devem se envolver em guerras por países estrangeiros, alegando que o apoio americano vem acompanhado de propaganda que justifica sacrifícios desnecessários.
“Não quero ver Israel bombardeado, Iran bombardeado, Gaza destruída, Ucrânia atacada ou Rússia envolvida. E NÃO QUEREMOS estar envolvidos ou pagar por isso!!!”, declarou Greene, reforçando sua postura anti-intervenção estrangeira e alinhada ao discurso mais radical do movimento MAGA.
Levin rebate e questiona a credibilidade de Greene
Mark Levin, conhecido apoiador de Israel e defensor de uma linha mais intervencionista, não deixou barato. Em resposta ao post de Greene, Levin afirmou que ela não representa a verdadeira essência do MAGA, dizendo que “quem morreu e nomeou Greene rainha do MAGA?” foi Donald Trump, que, segundo Levin, foi o verdadeiro líder do movimento com 77 milhões de votos.
“Você é uma política pouco conhecida da Geórgia. Nosso time é o Trump. Vá com o Trump!”, afirmou Levin, minimizando a influência de Greene no universo MAGA e reforçando a fidelidade ao ex-presidente.
Diferenças internas no movimento MAGA
Embora Greene defenda uma postura de não envolvimento dos EUA em conflitos internacionais, há sinais de que uma parcela significativa do movimento MAGA parece estar mais alinhada às opiniões de Levin, que apoia uma intervenção mais firme no Oriente Médio.
Recentemente, Donald Trump revelou, em entrevista à ABC News, que não descartou a possibilidade de os EUA se envolverem na guerra entre Israel e Irã, e até sugeriu que Vladimir Putin poderia ajudar na desescalada da tensão, o que mostra uma postura mais ambígua em relação ao conflito.
Perspectivas futuras e o verdadeiro significado do MAGA
A disputa entre Greene e Levin evidencia as diferentes facções dentro do universo MAGA, que, apesar de compartilharem uma postura populista e nacionalista, divergem quanto às estratégias de intervenção internacional e apoio a Israel. A batalha por quem representa mais fiel ao movimento permanece acirrada, refletindo as complexidades do pensamento político de uma das bases de apoio mais influentes dos Estados Unidos.
Este embate também indica que, embora o apoio a Trump ainda seja unificador, há uma crescente fricção interna sobre os rumos que o movimento deve seguir na política externa e na defesa de posições mais agressivas ou isolacionistas.
