Brasil, 17 de junho de 2025
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Quatro integrantes do Comando Vermelho são denunciados por morte de policial

Quatro homens foram denunciados por latrocínio na morte do policial João Pedro Marquini Santana, enquanto sua esposa, juíza, escapou ilesa.

Aos 30 anos, João Pedro Marquini Santana, veterano da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi assassinado em um assalto no dia 30 de março. Sua esposa, a juíza Tula de Mello, estava no carro blindado que o acompanhava e não se feriu. O crime gerou forte repercussão e agora quatro integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte.

O crime e as investigações

De acordo com a denúncia, os acusados são Walace Andrade de Oliveira, Jefferson Rosa dos Reis, Alexandre Costa de Oliveira e Antônio Augusto D’Angelo da Fonseca. Além deles, outras 23 pessoas ligadas ao tráfico de drogas na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, e Botafogo também foram denunciadas por participação em uma organização criminosa armada e estruturada.

As investigações revelaram que o grupo estava envolvido em atividades de tráfico de drogas, mesmo em áreas de grande circulação, como creches e hospitais. Também promoviam ataques contra milícias rivais para manter o controle de suas atividades ilícitas. O MPRJ destacou que os denunciados ocupavam funções específicas dentro da organização, como contabilidade e segurança armada.

Operações policiais e captura dos suspeitos

No dia em que o policial foi morto, Marquini e sua esposa estavam voltando de Campo Grande hacia a Zona Oeste do Rio. Durante o trajeto, foram atacados por bandidos que tentavam roubar o veículo de Tula. Os criminosos dispararam um total de três tiros contra o carro blindado, enquanto Marquini, mesmo armado, foi atingido por cinco tiros de fuzil e não teve chance de reagir.

Após o crime, a Core e a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) iniciaram uma operação na comunidade onde os suspeitos estavam. A polícia cumpriu seis dos 22 mandados de prisão expedidos e confirmou que um dos envolvidos foi morto em uma troca de tiros com os agentes.

Vale ressaltar que as operações policiais na região têm sido intensificadas, especialmente após o assassinato de Marquini. Somente dois meses antes de sua morte, uma operação na mesma área resultou em cinco mortos, entre eles, o chefe do tráfico da comunidade, Vinícius Kleber di Carlontonio Martins, conhecido como “Cheio de Ódio”, que tinha mais de 30 passagens pela polícia.

A repercussão do caso e o clamor público por justiça

A morte trágica do policial e as circunstâncias que cercam o caso geraram comoção em diversas esferas, tanto entre colegas de trabalho quanto na sociedade civil. A imagem da juíza Tula de Mello, exibindo seu carro blindado após o ataque, espelha a realidade de insegurança enfrentada por muitas pessoas na cidade do Rio de Janeiro. Críticas surgem não apenas para as autoridades policiais, mas também para a gestão nos setores de segurança pública que lutam para tomar a cidade de volta das mãos das facções criminosas.

Os primeiros relatórios sobre o caso envolveram milhares de compartilhamentos em redes sociais, e a pressão por respostas foi crescendo em intervalos vertiginosos. Na sequência das operações policiais, grupos de cidadãos começaram a se mobilizar por uma maior presença policial e medidas mais rigorosas contra o crime organizado.

O futuro da segurança no Rio de Janeiro

O caso de João Pedro Marquini Santana é só mais um exemplo do que se tornaram problemas crônicos no Rio de Janeiro. O tráfico de drogas e a ascensão dos grupos criminosos, como o Comando Vermelho, permeiam a política de segurança pública da cidade há anos. Com a pressão popular crescendo, espera-se que as autoridades continuem suas ações contra o crime organizado e busquem justiça para casos como o de Marquini.

Além disso, a situação chamada de “guerra civil” no Rio de Janeiro preocupa, uma vez que a população civil frequentemente se encontra no fogo cruzado entre as facções e a polícia. O que resta agora é pagar as contas de uma segurança pública eficaz e capaz de dar aos cidadãos a tranquilidade diária que tanto anseiam.

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