Brasil, 17 de junho de 2025
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Projeto fios da ancestralidade impulsiona empreendedorismo no Piauí

A iniciativa visa capacitar mulheres quilombolas em embelezamento e valorização cultural.

No último final de semana, a Secretaria das Mulheres do Piauí (Sempi) promoveu a sensibilização para o Projeto Fios da Ancestralidade, alcançando a comunidade quilombola de Malhada, em São João do Piauí. Este projeto tem como objetivo oferecer capacitações em Teresina e em mais seis municípios do estado, focando em embelezamento e identidade cultural, com cursos de Cabeleireira Afro – Terapia Capilar, Trancista, Turbante Afro e Workshops de Maquiagem Afro.

Parceria para transformação social

O Projeto Fios da Ancestralidade é uma iniciativa conjunta com o Instituto Ayabás, que visa não apenas oferecer formação técnica, mas também fomentar o empreendedorismo feminino no Piauí. Em um contexto onde a valorização da cultura negra é essencial, as oficinas e cursos propostos buscam promover a autonomia financeira entre as mulheres quilombolas, utilizando a cultura como um meio de transformação social.

“Nós reforçamos a importância do Projeto Fios da Ancestralidade como uma ferramenta de valorização da identidade e da cultura afro-brasileira e africana, com foco na autonomia financeira das mulheres quilombolas. As oficinas de tranças, turbantes e terapias capilares resgatam elementos culturais que fortalecem essa identidade, mas também abrem caminhos reais de geração de renda”, declarou Érica Aguiar, coordenadora das Mulheres Negras, Indígenas e Rurais da Sempi.

Capacitação e valorização cultural

Durante a fase inicial de sensibilização, as participantes são introduzidas aos objetivos do projeto e são incentivadas a se inscreverem, discutindo assuntos relacionados ao afroempreendedorismo, identidade cultural e a importância da valorização da ancestralidade. Este intercâmbio é essencial para que as mulheres compreendam melhor a relevância de suas raízes e o papel que podem desempenhar na economia local.

“Nas comunidades que visitamos nesse fim de semana já existem mulheres que trabalham como trancistas. Contudo, muitas delas não são formalmente remuneradas ou nem cobram pelos serviços prestados. O curso surge exatamente para profissionalizar esse trabalho que já é desempenhado, agregando técnica e valorização, além da possibilidade de gerar independência financeira”, explica Érica Aguiar. A função de trancista é uma profissão reconhecida oficialmente e está cada vez mais inserida no mercado de trabalho, o que abre novas oportunidades para as mulheres da comunidade.

A missão do projeto

A missão do Projeto Fios da Ancestralidade é garantir que as mulheres quilombolas tenham acesso a formação e reconhecimento pelo trabalho que já realizam. “Queremos que elas se tornem independentes e protagonistas das suas próprias histórias”, conclui Érica. A valorização do que já é feito por essas mulheres é crucial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde a cultura e a identidade afro-brasileira possam ser celebradas e respeitadas.

Com a implementação deste projeto, a Sempi e o Instituto Ayabás contribuem significativamente para o empoderamento das mulheres quilombolas no Piauí, promovendo não apenas a capacitação profissional, mas também um forte sentido de pertencimento e autonomia. Através do reconhecimento e da valorização de suas habilidades culturais, essas mulheres estão se preparando para se tornarem líderes em suas comunidades.

O Projeto Fios da Ancestralidade é um exemplo claro de como a educação e a valorização cultural podem se entrelaçar para transformar vidas e promover mudanças sociais. O envolvimento da comunidade local e a participação ativa das mulheres são fundamentais para o sucesso desta iniciativa que, a longo prazo, pode gerar um impacto positivo significativo no cenário econômico e social do estado.

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