Brasil, 16 de junho de 2025
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Vatican inaugura exposição sobre Paul VI e Jacques Maritain

Mostra no Museu do Vaticano celebra a amizade entre o Papa e o filósofo francês, destacando a renovação da arte sacra

Os Museus Vaticanos inauguraram nesta sexta-feira (12) a exposição “Paul VI e Jacques Maritain: A Renovação da Arte Sacra entre França e Itália (1945–1973)”, uma homenagem à amizade entre o Papa que sucedeu João XXIII e o influente filósofo francês, marcada por uma forte conexão com a arte e o pensamento cristão no século XX.

Exposição revela a relação entre fé, cultura e arte

A mostra, que ficará aberta durante o verão, destaca a importância de Jacques Maritain (1882–1973), neo-tomista e protagonista no diálogo entre fé, cultura e arte, especialmente sua influência no Concílio Vaticano II. Maritain, que viveu em Roma de 1945 a 1948, teve sua amizade com Giovanni Battista Montini (futuro Papa Paulo VI), reforçada durante esse período.

Segundo a diretora dos Museus Vaticanos, Barbara Jatta, a exposição “revela o rico legado histórico que este projeto oferece ao público dos museus papais”, destacando a relação do filósofo com o pontífice e a relação de Maritain com o desenvolvimento do Vaticano II.

Diálogo entre espiritualidade e arte moderna

A mostra exibe fotografias, documentos e obras que promovem um diálogo entre espiritualidade, pensamento cristão e arte de vanguarda, ilustrando o vínculo intelectual e espiritual entre Maritain e Montini. Os trabalhos de artistas como Georges Rouault, Marc Chagall, Maurice Denis e Henri Matisse compõem o acervo, refletindo a busca pela renovação da arte sacra.

Celebrando eventos históricos e pessoais

A exposição lembra também o 80º aniversário da nomeação de Maritain como embaixador da França na Santa Sé e a fundação do Instituto-St. Louis em Roma, além do encerramento do Vaticano II, há 60 anos, e da inauguração da Coleção de Arte Religiosa Moderna, promovida por Paulo VI em 1973.

De acordo com Barbara Jatta, “essas datas reforçam o significado deste projeto para os visitantes, que podem entender a relação de amizade e colaboração entre artistas, intelectuais e o próprio Papa”.

Religiosidade, inovação artística e diálogo cultural

A mostra reúne obras de artistas como Gino Severini, Georges Rouault, Marc Chagall, além de trabalhos de artistas franceses e americanos, refletindo a diversidade de perspectivas que nutriram o ambiente artístico-cultural promovido por Maritain e Raïssa, sua esposa russa e também convertida ao catolicismo.

O curador, Micol Forti, destacou a importância de integrar diferentes sensibilidades, incluindo a visão mais progressista de Couturier, sacerdote dominicano e grande inovador das artes sacras na França.

A exposição, localizada entre as Salas de Rafael e a Capela Sistina, é resultado de uma parceria do Museu do Vaticano com instituições como o Instituto Francês-St. Louis e a Biblioteca Nacional da França, reforçando o caráter internacional e ecumênico da iniciativa.

Para Barbara Jatta, o projeto reforça a ideia de que “a amizade e o intercâmbio entre Maritain e Paulo VI foram fundamentais para ampliar o diálogo entre Igreja e arte contemporânea”, contribuindo para uma compreensão mais profunda do papel da fé na renovação artística do século XX.

Mais informações sobre a mostra podem ser encontradas neste link da fonte.

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