Na segunda-feira (15), o ataque israelense a um gigante campo de gás no Golfo Pérsico provocou uma forte alta nas cotações do petróleo, com o Brent, referência na Europa, subindo até 5,5% nas negociações iniciais. A ação ocorreu após bombardeios a locais nucleares iranianos e à liderança militar do país na semana passada, aumentando a instabilidade na região.
Impacto no mercado de petróleo e na economia global
O conflito intensificado elevou as preocupações com interrupções na cadeia de suprimentos de petróleo, especialmente pelo risco de bloqueios no Estreito de Ormuz, uma das rotas mais importantes para o transporte de combustíveis. Segundo analistas, a possibilidade de o Irã tentar bloquear o estreito pode disparar ainda mais os preços do petróleo.
“Os mercados já estão se preparando para um período prolongado de incerteza devido às tensões na região”, afirmou Wolf von Rotberg, estrategista de ações do banco J. Safra Sarasin. “Proteger-se contra possíveis interrupções na cadeia de suprimentos de petróleo e aumentar as posições em ouro são estratégias recomendadas neste momento de crise.”
Tendências e resposta dos mercados internacionais
Os principais índices das bolsas asiáticas apresentaram queda em Hong Kong e Sydney, enquanto os futuros das ações nos Estados Unidos tiveram leve retração. O mercado de ouro, por sua vez, atingia em direção a uma nova máxima, impulsionado pela busca por ativos de proteção, e o dólar registrava ganhos modestos.
O cenário contribui para uma sensação de volatilidade e incerteza global, especialmente por conta da possibilidade de uma escalada do conflito entre Israel e Irã. Enquanto isso, o índice MSCI World, que mede o desempenho de ações de mercados desenvolvidos, já tinha registrado sua maior queda desde abril, refletindo o clima de instabilidade.
Perspectivas e recomendações para investidores
Especialistas alertam para a necessidade de diversificação e proteção de carteiras frente às possíveis oscilações prolongadas. Segundo Michael O’Rourke, estrategista-chefe da Jones Trading, a situação exige atenção redobrada para o setor de energia e metais preciosos, como ouro, que tendem a se valorizar em momentos de crise.
“Apesar das avaliações de que a situação ainda pode se estabilizar, as consequências de uma escalada maior podem ser duradouras e impactar significativamente os ativos de risco”, reforçou O’Rourke.
Para acompanhar as movimentações e estratégias recomendadas, investidores devem ficar atentos às atualizações de fontes confiáveis e às oscilações no mercado internacional.