O cenário do samba carioca está de luto após o falecimento de Ubirajara Félix do Nascimento, conhecido como Bira Presidente. Ele faleceu às 23h55 do último sábado, dia 14 de junho de 2025, no Hospital da Unimed Ferj, na Barra da Tijuca. A causa da morte foram complicações relacionadas ao câncer de próstata e ao Alzheimer. Bira, aos 88 anos, deixa um legado imortal na cultura carioca como um dos fundadores do Grêmio Recreativo Cacique de Ramos e do Grupo Fundo de Quintal.
A trajetória de Bira Presidente e sua contribuição ao samba
A vida de Bira Presidente é marcada por sua imensa dedicação à música e à cultura brasileira. Nascido em uma das regiões mais vibrantes do Rio de Janeiro, Bira transformou o samba em uma linguagem universal, capaz de conectar emoções e contar histórias que são a essência da alma carioca. Com uma trajetória que se estende por décadas, ele se destacou como sendo uma das figuras mais respeitadas da cena musical, notável por sua habilidade incomparável de congregar pessoas em torno da música.
O Cacique de Ramos, fundado por Bira e seus amigos, tornou-se um dos pilares do samba no Rio de Janeiro. A agremiação foi um espaço onde artistas podiam se apresentar e se consolidar, oferecendo um palco para novos talentos. A atmosfera de celebração e a interação entre os músicos sempre foram marcantes nos eventos promovidos pelo Cacique, criando um ambiente de apreço e amor à cultura popular.
O legado deixado por Bira Presidente no samba
Bira Presidente também é conhecido por seu papel no Grupo Fundo de Quintal, onde apresentou novas perspectivas e ritmos que revolucionaram a forma como o samba é tocado e apreciado. Com canções que se tornaram clássicas, ele mostrou ao Brasil e ao mundo que o samba é mais do que um estilo musical; é uma forma de resistência cultural e de celebração da vida. Sua contribuição foi tão profunda que até hoje, muitos artistas citam Bira como uma grande influência em suas carreiras.
O luto da comunidade do samba
O anúncio do falecimento de Bira Presidente gerou uma onda de tributos e homenagens por parte de músicos, grupos de samba e fãs que o respeitam e reconhecem suas conquistas. Sua perda é sentida profundamente dentro e fora da comunidade musical, onde muitos artistas destacam o impacto que ele teve em suas vidas e carreiras. O clima de tristeza é palpável, mas também é um momento de celebração da vida de um homem que dedicou sua existência ao samba e à cultura brasileira.
O corpo de Bira será velado nesta segunda-feira, e espera-se que milhares de admiradores passem para prestar suas últimas homenagens. Isso reflete a verdadeira essência de Bira: uma presença que, mesmo após sua partida, continuará a ressoar nos corações e nas músicas que inspirou.
Um adeus a um ícone do samba
O falecimento de Bira Presidente é uma grande perda para a cultura brasileira. Sua paixão pelo samba, seu talento inegável e sua visão inovadora farão falta em um cenário musical que ele ajudou a moldar. Hoje, o samba chora um de seus maiores expoentes, mas também se alegra por ter testemunhado a grandiosidade de sua vida e obra. O legado deixado por Bira garante que sua influência perdure por gerações, ensinando aos jovens músicos a importância da tradição e da inovação.
Assim, o Cacique de Ramos e o Grupo Fundo de Quintal, ao se despedirem de seu presidente, também reafirmam seu compromisso em manter viva a tradição do samba e a memória de um dos seus maiores ícones. O espírito de Bira Presidente continuará a inspirar muitos, e seu nome sempre será lembrado nas rodas de samba e nas celebrações da vida carioca.
