Se você é fã de cinema e séries, sabe como é frustrante quando detalhes considerados essenciais simplesmente não fazem sentido. Desde objetos inexplicáveis até inconsistências narrativas, esses furos de roteiro desafiam a lógica e deixam os espectadores pensando no que poderia ter sido feito de forma diferente.
Furos de lógica em filmes assustadores e de ação
“A Quiet Place”: a questão do local ideal
Naquele famoso filme, um dos maiores questionamentos é: por que os personagens não moram perto da cachoeira? Como eles não optaram por um local mais seguro e isolado, ao invés de um lugar cheio de pontos críticos? Além disso, a questão do prego no chão levanta dúvidas: de onde ele apareceu, por que ninguém notou antes e quem teria colocado algo assim ali inicialmente?
Inconsistências em “As criaturas” e notícias impressas
Outro ponto curioso é a rapidez com que a notícia sobre os monstros se espalhou. Até onde se sabe, a invasão acontece de forma relativamente rápida, então, qual é a lógica de eles terem jornais impressos? E, mais, a impressão de jornais em meio ao caos parece pouco prática, já que o som da máquina certamente chamaria atenção.
Questões em filmes de fantasia e animações
“Tangled” e as contradições mágicas
Na animação, por que a madrasta busca revelar a verdadeira data de aniversário de Rapunzel? Logo ela, que tenta manipular tudo, não poderia simplesmente mentir? Além disso, a escada, a cozinha e o mobiliário no topo da torre desafiam a lógica de como esses itens foram colocados ali sem que Rapunzel percebesse, especialmente considerando a altura e o esforço necessário. E como ela consegue manter o cabelo limpo e desembaraçado sem que ele enrosque ou pese demais?
“O Segredo de Kyra” e a comunicação dos monstroes
No segundo filme, por que os personagens precisam enviar mensagens codificadas? Os monstros não entendem inglês, então, por que a mensagem foi escrita assim? E considerando que o medo de água é manifestação importante, por que elas não foram mais explícitas na comunicação?
Incongruências em séries populares
“The Last of Us”: soluções questionáveis
Na série, o episódio de batalha com explosivos ao lado de uma parede de madeira parece uma receita de desastre — quem colocaria as bombas ali, sabendo do risco? Quanto aos testes de gravidez de Ellie, fica difícil acreditar que ela teria tantas, já que o estoque de itens médicos como esses deve estar exausto há décadas. E a questão dos esporos que só aparecem em um local específico parece um recurso dramático pouco convincente, já que, no jogo, eles estão espalhados por várias áreas fechadas e ventiladas.
“Severance”: lacunas na narrativa
Outro ponto é a ausência de menção de Petey nas discussões de reintegração, quando ele é uma figura essencial para o enredo. Além disso, a lentidão na reintegração e a conspiração de personagens que deveriam saber mais simplesmente parecem para impulsionar o roteiro, sem explicações plausíveis.
Contradições em universos de heróis e ficção científica
“Harry Potter”: o legado da Varinha Anciã
Nos filmes, o motivo de a varinha de Harry não usar a Varinha das Varinhas para reparar seu próprio bastão é mal explicada. Dumbledore foi enterrado com ela, então, por que Harry não tenta usá-la para consertar sua própria varinha? Além disso, por que a lealdade da Varinha das Varinhas muda se Malfoy nunca a possuíu, e Harry nunca a desarmou?
“Velozes e Furiosos”: as logísticas inexplicadas
Na franquia, como Joe consegue carregar e montar aquela jaula gigante em todos os lugares? Os deslocamentos de cenas, incluindo os diálogos em inglês entre Yelena e seu pai em “Thunderbolts”, também desafiam a lógica da narrativa internacional e de comunicação dos personagens.
Furos em obras de suspense e fantasia
“Stranger Things”: a sobrevivência de Hopper
Hopper sobrevive à explosão por um detalhe duvidoso: a altura do salto e o rigor do acidente parecem impossíveis de escapar sem ferimentos graves. Como a Rússia o resgatou tão rapidamente? Qual a explicação real para sua sobrevivência?
“Sherlock”: o segredo da morte falsa
Na série, a farsa da morte de Sherlock é um dos maiores buracos: as razões para ele permanecer afastado de John e as maneiras como escondem sua verdadeira localização nunca são completamente explicadas, deixando uma sensação de lacuna narrativa.
Furos em séries voltadas ao público jovem e dramas
“Pretty Little Liars”: motivações duvidosas
Mona alega que se tornou A por causa de Hanna, mas as evidências mostram que A começou a enviar mensagens muito antes do afastamento dela do grupo. Além disso, a volta de personagens como Sammy e Cece, anos depois, desafia as leis do tempo e da existência. Como eles ainda estão vivos após tantos anos?
“Revenge”: suspense sem lógica
Como Emily conseguiu manter a personagem escondida por quase 20 anos, mesmo com pistas evidentes, e como Sammy, supostamente morto, reaparece vivo na mesma época? Esses detalhes deixam lacunas na narrativa de vingança.
Considerações finais
Embora esses furos possam parecer menores, eles revelam os limites da coerência na construção de enredos. No entanto, a diversão muitas vezes se sobrepõe à lógica, e esses detalhes acabam se tornando parte do charme — ou do incômodo — do universo em que estamos imersos.