Brasil, 16 de junho de 2025
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Taiwan inclui Huawei e SMIC em lista de restrições à exportação de chips

Medidas restringem acesso da Huawei e SMIC a tecnologias essenciais para fabricação de chips de inteligência artificial

A administração de Comércio Internacional de Taiwan atualizou, neste sábado (15), sua lista de entidades de alta tecnologia, incluindo Huawei e SMIC, impondo novas restrições à exportação dessas empresas. As mudanças, feitas recentemente após reportagem da Bloomberg, aumentam as dificuldades de acesso às tecnologias necessárias para a produção de chips de inteligência artificial no país, afetando diretamente a China.

Restrições à exportação de tecnologia avançada para Huawei e SMIC

Pelas novas regras, empresas de Taiwan precisarão de aprovação do governo local antes de exportar qualquer item para as entidades listadas, incluindo componentes essenciais para fabricação de chips de alta tecnologia. A medida visa combater a proliferação de armas e fortalecer a segurança nacional, segundo a administração taiwanesa.

A inclusão de Huawei e SMIC na lista afeta sua capacidade de adquirir materiais, equipamentos de fabricação e tecnologias necessárias para a produção de chips avançados, como os usados por Nvidia e outras empresas que dependem da Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC), principal fornecedora de semicondutores do mercado.

Impacto nas capacidades tecnológicas da China

Embora a China tenha feito avanços na fabricação de chips, incluindo um chip de 7 nanômetros em 2023, as restrições de Taiwan podem limitar o acesso dessas empresas às tecnologias essenciais. Huawei e SMIC, que ainda representam as principais esperanças da China para suprir a escassez de semicondutores, especialmente para projetos de inteligência artificial, enfrentam dificuldades acrescidas com essas novas limitações.

Contexto geopolítico e restrições internacionais

Além do interdito de Taiwan, Huawei e SMIC já estão na lista de entidades restritas pelos Estados Unidos, o que limita ainda mais seu acesso a tecnologias estrangeiras. No entanto, Taiwan há anos impõe restrições ao envio de equipamentos críticos, como máquinas de litografia, para a China, e há indicações de que empresas taiwanesas ajudaram a Huawei a construir fábricas na China, disfarçadamente, em 2023.

As tensões entre Taiwan e China aumentaram este ano, especialmente após declarações do presidente taiwanês Lai Ching-te, que qualificou a China como uma “força hostil estrangeira”. A China, que reivindica Taiwan como parte de seu território, já afirmou que pretende reunificar a ilha, se necessário, usando força.

Consequências e perspectivas futuras

Especialistas avaliam que as novas restrições podem afetar significativamente o desenvolvimento de chips avançados na China, dificultando a sua autonomia na produção de semicondutores essenciais para a inteligência artificial e outras aplicações tecnológicas. Além disso, empresas como Huawei e SMIC deverão buscar alternativas para continuar seu desenvolvimento tecnológico.

Segundo fontes oficiais, as medidas reforçam o controle sobre o fluxo de tecnologias estratégicas na região e representam uma escalada na disputa pelo domínio global de semicondutores. As empresas impactadas ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as restrições.

Fonte: O Globo

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