A onda de violência que atinge o litoral de São Paulo ganhou um novo capítulo com a prisão de Carlos Alberto Patriota, suspeito de estuprar duas mulheres em menos de uma semana, em ações que chocaram a comunidade de Mongaguá e Itanhaém. As vítimas, uma mãe e uma médica, relataram os crimes de forma detalhada, o que levou à identificação e captura do suspeito. As informações foram divulgadas pela delegada Izabela Coelho Fernandes, da Delegacia de Defesa da Mulher de Mongaguá.
A onda de violência e os depoimentos das vítimas
Segundo a Polícia Civil, os crimes ocorreram em um intervalo crítico de apenas sete dias. O primeiro caso aconteceu em 27 de junho de 2024, quando a vítima foi abordada por Patriota enquanto retornava para casa, segurando seu filho de três anos no colo. Em um ato brutal, ele puxou a mulher para uma viela e cometeu o estupro. Posteriormente, a polícia inicialmente prendeu um morador de rua como suspeito, que acabou se provando inocente ao ser alçado à prisão em outro crime no mesmo período.
Uma semana depois, foi a vez de uma médica ser abordada por Patriota ao sair do posto de saúde onde trabalhava em Itanhaém. A mulher relatou que o homem a ameaçou com uma faca, obrigando-a a entrar em seu carro e dirigindo até um local isolado, onde o ato foi consumado. O forte relato da médica foi crucial para avançar nas investigações e levar à prisão do suspeito.
Análise do comportamento do suspeito
A delegada Izabela Coelho fez questão de ressaltar que Patriota não tinha um padrão definido de vítimas e agia por impulso. Ele relatou à polícia que seus crimes eram motivados por um “impulso sexual incontrolável”. Essa confissão levantou preocupações sobre a segurança da população e o risco de novos ataques.
A Delegada Damiana Shibata Requel, da DDM de Itanhaém, citado que o suspeito também tentou justificar os atos pela sua dependência química, flagrado sob o efeito de crack durante os crimes. Contudo, a análise do depoimento revelou que a narrativa de dependência não poderia ser uma justificativa válida para suas ações, e o caracterizou como um “predador sexual”.
Captura e consequências legais
Após a realização de investigações meticulosas, um mandado de prisão temporária foi obtido e, em 28 de maio, Carlos Alberto Patriota foi finalmente preso pela Polícia Militar em São Paulo. A delegada Izabela Coelho informou que o suspeito foi trazido à delegacia no litoral em 31 de maio, onde enfrentou o inquérito policial.
A comunidade sente os impactos desses crimes, e as delegadas afirmam que o padrão de comportamento nos dois estupros, a proximidade dos locais dos crimes e a rapidez com que os atos foram conduzidos são indicativos de um perigo real à segurança das mulheres na região. “As deliberações estão sendo feitas para proteger a sociedade e responsabilizar esse homem por suas ações”, ressaltou Damiana.
Reflexão sobre segurança e apoio às vítimas
Esses episódios trágicos ressaltam a necessidade de um reforço nas medidas de segurança e apoio às vítimas de violência sexual. A opinião pública exige que as autoridades façam um esforço conjunto para aumentar a segurança nas ruas e garantir que as vítimas se sintam amparadas para denunciar os agressões. A inclusão de serviços de apoio psicológico e jurídico é crucial para auxiliar as mulheres que enfrentam esses traumas, incentivando-as a procurar ajuda.
Por fim, é essencial que a sociedade brasileira se una na luta contra a violência de gênero, não apenas reprovando atos de agressão, mas também tomando medidas efetivas na prevenção e no acolhimento às vítimas. A consciência e a educação são chaves para transformar esse cenário e garantir que todos possam viver em um ambiente seguro e respeitoso.
