Brasil, 14 de junho de 2025
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Crise do IOF desafia governo e abre caminho para reformas fiscais

Ciente da crise do IOF, o governo avalia alternativas para reformular o imposto e buscar uma solução duradoura para as contas públicas de 2026/27

A crise do IOF representa uma oportunidade para o governo adotar uma postura mais estratégica, buscando “fazer do limão uma limonada” ao resolver um problema que se impôs por si próprio, ao mesmo tempo em que prevê melhorias nas contas de longo prazo para 2026/27. A questão, porém, ainda gera dúvidas e disputas internas sobre a melhor solução a ser adotada.

Desafios e avanços na questão do IOF

O aumento abrupto do IOF, uma medida inicialmente voltada à arrecadação, acabou se revelando um erro do começo ao fim. Segundo fontes do setor, a tentativa de regulamento com fins arrecadatórios, sem prévia articulação com o Congresso Nacional ou preparação do mercado, causou um impacto negativo no dólar e na confiança do mercado financeiro.

Nos últimos dias, tem se buscado uma solução paliativa para o impasse, embora ainda sem um projeto consolidado. A alternativa adotada, segundo analistas, seria uma “gambiarra” para atravessar os 18 meses restantes do governo, com a expectativa de que o problema seja resolvido de forma definitiva após esse período.

Propostas de reforma fiscal como saída duradoura

Uma solução considerada como “ovo de Colombo” é modificar o espírito da atual proposta de Imposto de Renda (IR), enviada pelo governo ao Congresso e atualmente nas mãos do deputado Arthur Lira. Essa alteração visa tornar o imposto mais justo, tratando de uma questão que envolve arrecadação e equidade tributária.

O dilema da proposta original do IR

A proposta original envolve uma redução significativa na arrecadação, com a elevação do limite de isenção para R$ 5.000 e a introdução de um “IR mínimo” para quem atualmente paga pouco ou nada de IR. Tal medida geraria uma arrecadação compensatória, ao tributar rendimentos de altas renda de forma mais efetiva, promovendo maior justiça fiscal.

No entanto, o problema reside na parte negativa dessa proposta: ela possui uma dimensão política sensível, pois concede isenções para quem hoje paga imposto, criando uma situação criticada por especialistas e pelo setor fiscal. Além disso, o limite de isenção proposto é desproporcional à renda média nacional, trazendo um componente de risco fiscal futuro.

Impactos e possibilidades de ajuste

A retirada de alguns componentes da proposta de aumento do IR, como a elevação do limite de isenção, poderia facilitar a adoção de uma solução mais equilibrada, que inclui a manutenção de um “IR mínimo” sem perder receita relevante. Nesse cenário, a arrecadação voltaria a concentrar-se nas faixas de maiores rendimentos, tornando o sistema mais justo e sustentável.

Segundo especialistas, essa medida poderia evitar uma maior deterioração nas contas públicas e contribuir para um equilíbrio financeiro maior, atuando na tentativa de reduzir o déficit sem prejuízos excessivos à arrecadação tributária dos mais ricos.

Perspectivas futuras e o papel do Congresso

O governo precisa tomar decisões rápidas, pois o impasse atual ameaça a realização das metas fiscais para 2026. “É hora de entender que, politicamente, às vezes é necessário entregar os anéis para não perder os dedos”, destaca um analista de mercado, referindo-se à necessidade de compromissos pragmáticos na tramitação das reformas.

O futuro da reforma tributária, incluindo o IR, depende das negociações no Congresso, onde as alternativas envolvem ajuste na arrecadação, mudanças na legislação e estratégias de consenso. A expectativa é que uma solução sólida seja encontrada antes do final do mandato, garantindo maior estabilidade às contas públicas.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Fonte oficial.

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