O empresário carioca, identificado como Y, criticou nesta semana a decisão do Ministério Público de Portugal de arquivar a investigação sobre a agressão que sofreu na Rua Rosa, área turística de Lisboa, em 11 de março. Y afirma que a impunidade e a ausência de interesse em proteger o cidadão estão entre os principais problemas do caso.
O ataque na Rua Rosa e a resposta das autoridades
A agressão aconteceu quando Y e um amigo recusaram uma oferta suspeita de um português, que tentava vender orégano se passando por maconha. Segundo o empresário, ele foi golpeado com um soco no maxilar, o que levou à fratura e posterior cirurgia horas depois. Apesar da violência, o agressor, acompanhado de outra pessoa, não foi detido pela polícia portuguesa.
Após o episódio, Y relatou que a polícia local se limitou a dizer que nada poderia fazer, pois não havia drogas à venda na ocasião. A polícia aumentou o policiamento na região após a denúncia, mas as ações parecem não ter resultado na punição do agressor.
Decisão do Ministério Público e alegações de impunidade
A notificação enviada ao empresário revela que o Ministério Público justificou o arquivamento do caso pela inexistência de indícios suficientes de autoria. “O MP indeferiu minha queixa, dizendo que não há elementos que confirmem crime”, afirmou Y. A nota também esclarece que o processo pode ser reaberto se surgirem novas provas, sendo concedido um prazo de 20 dias para o brasileiro recorrer.
Y afirmou ainda que o agressor, conhecido na região, tenta vender orégano como se fosse maconha, prática comum em áreas turísticas de Lisboa e Porto. O empresário apontou que a agressão ocorreu após ele e seu amigo rejeitarem a oferta, o que pode indicar motivação relacionada ao crime de tentativa de venda de drogas falsificadas.
Reações e próximas etapas
Após o episódio, a Polícia de Segurança Pública (PSP) de Lisboa afirmou que aumentaria o policiamento na área, onde casos semelhantes vêm ocorrendo. O empresário informou que já realizou sua primeira reunião com um advogado indicado pela Segurança Social e aguarda resposta, pois tem 20 dias para apresentar recursos ao MP.
Y criticou a atitude das autoridades portuguesas, dizendo que há uma maior preocupação com a impunidade do que em garantir a segurança dos cidadãos estrangeiros. “É um absurdo que, até agora, nada tenha sido feito para punir o agressor ou esclarecer a situação”, comentou.
Contexto mais amplo de violência em áreas turísticas de Lisboa
A agressão de Y não é um caso isolado na região. Segundo registros da Polícia, diversos incidentes envolvendo turistas vêm sendo reportados, o que motivou a intensificação do policiamento. No entanto, a sensação de impunidade ainda prevalece entre os visitantes, sobretudo estrangeiros que criticam a falta de investigação efetiva contra delitos relacionados ao turismo.
Para o empresário brasileiro, a situação revela uma fragilidade no sistema de segurança local. “Precisamos de mais atenção e resultados concretos, não só de promessas”, concluiu Y, que planeja continuar lutando pela reabertura do caso e por justiça.
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