Brasil, 14 de junho de 2025
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BNDES e Finep destinam R$ 5 bi a projetos de minerais estratégicos

O financiamento impulsiona 56 projetos que totalizam R$ 45,8 bilhões em investimentos na área de minerais essenciais para tecnologia e energia limpa

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Finep, agência de fomento à inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, selecionaram 56 projetos de investimentos em minerais estratégicos. A iniciativa prevê o aporte de cerca de R$ 5 bilhões, parte de um total de R$ 45,8 bilhões em investimentos apresentados pelas empresas participantes, informou o banco nesta quinta-feira (5).

Projetos estratégicos de minerais para tecnologia e energia

Os minerais selecionados incluem terras-raras, lítio, grafite, cobre, silício, níquel, titânio e minerais do grupo da platina. Esses materiais são utilizados na fabricação de bens de alta tecnologia e na transição energética, como baterias e equipamentos eletrônicos. Apesar de pouco produzido, o Brasil detém a segunda maior reserva mundial de terras-raras, com 21 milhões de toneladas, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos — atrás apenas da China.

Participação de multinacionais e startups

A lista de projetos conta com empresas multinacionais, como a fabricante de máquinas WEG, a montadora Stellantis e a americana Mosaic, fabricante de fertilizantes. Também estão presentes pequenas mineradoras e startups inovadoras, como AMG Mineração, Aclara Resources, Viridis Mineração e Brava Mineração.

Detalhes dos investimentos e próximos passos

Segundo o BNDES, alguns projetos envolvem mais de um tipo de mineral, sendo que há 10 dedicados a terras-raras, 8 ao lítio, 6 ao grafite, 4 a cobre, 4 ao silício e outros para níquel, titânio e minerais do grupo da platina. Os recursos iniciais de R$ 5 bilhões representam 11% do total previsto, que poderá ser ampliado com parcerias nacionais e internacionais e a diversificação de instrumentos de apoio, como empréstimos e fundos de investimento.

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, afirmou que a intenção é ampliar o valor total dos financiamentos, com uma estratégia de apoio que inclui diferentes linhas de crédito, como o programa Mais Inovação, com juros subsidiados, e o Fundo Clima, voltado à transição energética. Ele também mencionou negociações com agências de fomento de países como Japão e Alemanha para ampliar parcerias internacionais.

Impactos e oportunidades futuras

Gordon ressaltou que o cenário de guerra comercial e o aumento das tarifas entre Estados Unidos e China criam uma oportunidade para o Brasil se consolidar como fornecedor estratégico de minerais críticos. Apesar de produzir apenas 20 toneladas de terras-raras por ano, o país possui reservas expressivas e capacidade de ampliar sua participação na cadeia global de minerais essenciais para a tecnologia e a energia limpa.

O processo de aprovação dos empréstimos deve ocorrer ao longo de 2026, pois os planos de investimento apresentam cronogramas diferentes, dependendo do porte de cada empresa. Gordon destacou que as conversas com empresas nacionais e internacionais reforçam a visão de que o Brasil é um parceiro estratégico para o setor mineral, disposto a atrair investimentos e autonomia na cadeia de abastecimento.

Para mais informações, confira o artigo completo no site do Globo.

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