Brasil, 26 de junho de 2025
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Confusão na Câmara: Haddad e deputados de oposição se enfrentam em audiência

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi interrompido por deputados durante audiência na Câmara, gerando bate-boca e polêmica

Uma sessão na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (5) foi marcada por um bate-boca entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e deputados de oposição Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ). A confusão ocorreu menos de três horas após o início da audiência, prevista para durar cinco horas, interrompendo os trabalhos de forma inesperada.

Como começou a confusão

Durante reunião conjunta das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle, Nikolas Ferreira e Carlos Jordy criticaram duramente as propostas do governo e as medidas econômicas apresentadas pela Fazenda. Antes de ouvir as explicações de Haddad, ambos se retiraram da audiência, o que provocou irritação entre os presentes.

Ao retomar a palavra, Haddad afirmou que os deputados “fugiram ao debate”, o que gerou reação na oposição. “Querem fazer baderna, que é exatamente o que sempre querem fazer”, disse o ministro, reforçando a necessidade de diálogo e debates fundamentados em dados oficiais.

Na sequência, houve uma discussão acalorada. Haddad criticou duramente a postura dos parlamentares, alegando que atitudes similares prejudicam a democracia. “Esse tipo de comportamento de que quer falar na rede e recua quando a conversa chega ao momento do debate é uma molecagem”, afirmou.

Reacções e provocações

Durante a sessão, o deputado Carlos Jordy voltou à reunião e não hesitou em chamar Haddad de “moleque”, acusando-o de ter feito apenas dois meses de economia desde que assumiu o cargo. “Moleque é você por aceitar um cargo dessa magnitude e fazer o maior déficit fiscal da história, após um superávit em 2022, quando o governo Bolsonaro passou por uma pandemia”, disparou Jordy.

Haddad, por sua vez, rebateu, destacando que o maior déficit ocorreu em 2020, no auge da pandemia, quando o rombo nas contas públicas passou de R$ 720 bilhões. “Superávit primário desse jeito qualquer um faz, dando calote, vendendo patrimônio público e tomando dinheiro de governadores. Temos que ter vergonha do quadro econômico do governo Bolsonaro”, respondeu.

Declarações polêmicas e repercussão

O ministro também afirmou que o atual superávit registrado por Bolsonaro em 2022 foi fruto de medidas como a limitação do ICMS sobre itens essenciais e desoneração de tributos federais, ações que, na visão dele, não representam uma gestão responsável. “É um padrão econômico de dar calote e vender o patrimônio”, criticou Haddad, destacando a importância de responsabilidade fiscal para o país.

Além do embate verbal, a sessão foi marcada por interrupções e protestos, refletindo o clima tenso entre Legislativo e Executivo na atual fase política. A oposição manteve o discurso de críticas às ações do governo e às medidas econômicas adotadas pelo ministro.

Próximos passos e expectativas

A expectativa é que a controvérsia na Câmara continue, com novos debates previstos nas próximas sessões. A repercussão política já ganha destaque, com análise de especialistas sobre o impacto do episódio na relação entre o governo e a oposição.

A sessão foi encerrada antes do previsto, menos de três horas após o início, deixando uma mensagem clara sobre o clima de polarização que marca o cenário político atual.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no GLOBO.

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