Brasil, 9 de junho de 2025
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Congresso ainda não compromete aprovação de nova MP para conter alta do IOF

Hugo Motta revela que Câmara não deu compromisso para aprovar projeto que substitui aumento do IOF, que gerou resistência no mercado

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira (9) que o Congresso ainda não firmou compromisso de aprovar a medida provisória (MP) que o governo pretende enviar para substituir a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Medidas propostas pelo governo para conter o impacto do IOF

Segundo Motta, a MP deve incluir ações capazes de substituir a arrecadação prevista com a elevação do IOF, que foi decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em maio, mas readaptada por razões políticas e econômicas, gerando resistência tanto no mercado quanto no Parlamento.

Recuos no IOF e nova tributação

O pacote inclui a redução do IOF, a tributação de títulos isentos e o aumento da alíquota para apostas esportivas. As mudanças pretendem reduzir o impacto das medidas que poderiam comprometer a arrecadação e a estabilidade econômica.

“[…] Não há do Congresso o compromisso de aprovar essas medidas que vêm na MP. A medida provisória será enviada apenas para que, do ponto de vista contábil, não se tenha que aumentar o contingenciamento que já está sendo feito”, explicou Hugo Motta durante evento do jornal Valor Econômico em São Paulo.

Ele destacou ainda que, retirando o decreto do IOF, o bloqueio orçamentário poderia alcançar R$ 50 bilhões. “Para esses R$ 20 bilhões que seriam arrecadados com IOF durante o ano de 2025, fará uma calibragem, reduzindo a questão do IOF — muito se fala do risco sacado, a questão do VGBL”, completou.

Perspectivas e tramitação da MP

De acordo com o presidente da Câmara, o Congresso terá o “tempo de avaliar quais dessas medidas serão levadas em consideração” antes de aprovar ou não o projeto. Vale lembrar que uma medida provisória entra em vigor assim que é publicada pelo presidente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias para continuar validade.

Se houver alterações na MP, o texto retornará ao Planalto para sanção ou veto presidencial. Em caso de veto, o Congresso pode derrubá-lo em sessão conjunta, promulgando os trechos suspensos.

Enquanto aguarda análise, o governo busca equilibrar a necessidade de arrecadação com o receio do mercado de que a alta do IOF prejudique a estabilidade financeira do país e afete investimentos.

Mais informações podem ser acessadas neste link da fonte.

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