Durante uma reunião na câmara municipal, um vereador de São Paulo causou controvérsia ao confundir o termo “tombamento” com “demolição”, revelando um desconhecimento sobre a importância da preservação de patrimônios históricos. O vereador, que declarou não ser católico, expressou sua posição contrária ao tombamento de uma igreja com 150 anos de história, argumentando que esse reconhecimento é essencial para a identidade da comunidade local.
Confusão entre tombamento e demolição
A declaração do vereador Sassá chamou a atenção e provocou reações mistas entre os presentes na sessão. Em seu discurso, ele destacou que, apesar de não compartilhar da fé católica, respeita cada crença e cada religião. No entanto, sua análise sobre o processo de tombamento gerou confusão ao afirmar que se opõe ao “derrubamento” da igreja, sugerindo que o tombamento estaria relacionado à destruição do edifício.
A defesa da preservação
“Meu ponto de vista, como se trata de uma igreja histórica, 150 anos, não são 150 dias, não são 150 meses. Sou totalmente contrário ao tombamento, ao ‘derrubamento’ dessa igreja”, disse o vereador. Ele enfatizou que a igreja deve ser reconhecida como um patrimônio público histórico do município, pois representa uma marca significativa para a Igreja Católica e para a comunidade em geral.
Além de se manifestar contrariamente ao tombamento, Sassá também sugeriu medidas para proteger a estrutura da igreja, demonstrando um interesse pela conservação do prédio, embora tenha se expressado de forma imprecisa sobre o conceito de tombamento e as proteções que ele implica. Suas declarações ressaltam a necessidade de um maior entendimento sobre legislações patrimoniais e a importância dos processos destinados à proteção do patrimônio cultural.
A importância do tombamento
O tombamento é um instrumento legal que visa proteger e preservar bens culturais e históricos, garantindo que sua integridade seja mantida ao longo do tempo. Nesse contexto, é fundamental esclarecer que tombar não significa destruir, mas sim resguardar a memória e a história de um lugar. As igrejas históricas, como a mencionada pelo vereador, representam não só um espaço de culto, mas também um importante capítulo da história local.
Cidades em todo o Brasil têm incorporado políticas de tombamento para garantir a preservação de seus patrimônios, promovendo a valorização da cultura e da identidade local. Essa proteção é vital não apenas para as gerações atuais, mas também para as futuras, que poderão usufruir dessas heranças. A confusão expressa pelo vereador evidencia a necessidade de campanhas educativas sobre a importância do tombamento e a valorização do patrimônio cultural.
Repercussões e Reflexões
A fala do vereador gerou discussões nas redes sociais, onde muitos internautas compartilharam suas opiniões sobre a preservação de bens históricos. A repercussão do caso reflete uma preocupação crescente com a conservação do patrimônio cultural no Brasil, à medida que a urbanização e o progresso tecnológico frequentemente ameaçam a integridade de edifícios históricos.
É essencial que os representantes públicos compreendam a diferença entre demolição e tombamento, e que haja um esforço conjunto entre os legisladores, a comunidade e especialistas em patrimônio para promover um diálogo construtivo. O respeito à história e à cultura deve ser uma prioridade nas discussões sobre desenvolvimento urbano e preservação.
Assim, a confusão do vereador Sassá nos leva a refletir sobre a responsabilidade de cada cidadão na proteção do patrimônio cultural. Organizações e movimentos sociais já atuam em várias cidades para conscientizar a população sobre a importância da preservação, e iniciativas desse tipo devem ser incentivadas e apoiadas por todos.
Com os avanços nas políticas de preservação e a conscientização sobre sua importância, espera-se que episódios de confusão sobre termos e conceitos legais possam ser evitados no futuro, garantindo que nosso patrimônio histórico seja, de fato, protegido e valorizado.