O trágico caso de Alex Gabriel Santos, um adolescente de apenas 16 anos, pegou a cidade de Pontal, SP, de surpresa e revolta. O jovem foi encontrado morto no último sábado (7) com sinais de tortura, uma semana após ter sido sequestrado da própria casa. O enterro do garoto, realizado neste domingo (8), foi marcado por forte comoção entre familiares e amigos, que clamam por justiça diante da crueldade do crime.
Contexto da morte de Alex Gabriel Santos
A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta que Alex foi assassinato em retaliação a um caso em que pegou um celular em um depósito de bebidas perto de sua residência. Segundo relatos, a polícia descarta a hipótese de roubo ou furto. Após ter sido levado à força, Alex foi agredido brutalmente, e seu corpo, que apresentava sinais de tortura, foi encontrado em uma área próxima ao Rio Pardo.
Depoimentos da família e busca por justiça
Samuel Lopes da Silva, primo do adolescente, expressou a dor profunda que a família sente. Ele revelou que todos estavam esperançosos de encontrá-lo vivo e que a realidade de sua morte é insuportável. “A gente não está conseguindo processar isso. É algo que machuca muito. Esperamos que a justiça seja feita e que as pessoas que fizeram isso com ele paguem”, afirmou.
O alívio em encontrar o corpo, mesmo em meio à dor, foi notável para a família, que não apenas desejava um desfecho, mas também justiça. A família se viu cercada por um clamor popular, refletindo a indignação da comunidade de Pontal em relação a essa brutalidade.
Envolvimento de suspeitos e andamento das investigações
Quatro homens estão detidos temporariamente pela polícia, sendo João Guilherme Moreira, de 27 anos, identificado como o dono do celular, e outros três indivíduos relacionados ao crime. As defesas dos suspeitos não foram localizadas para comentar o caso. O sequestro de Alex ocorreu na madrugada do dia 1º, quando uma testemunha afirma ter visto o momento em que ele foi levado à força por três homens em uma caminhonete.
Além disso, uma imagem de câmera de segurança e depoimentos coletados ajudaram a polícia a identificar a caminhonete. Mesmo alegando inocência quanto ao homicídio, os suspeitos confessaram ter agredido Alex em um galpão em Pontal. E o exame pericial revelou marcas de sangue, que reforçam a brutalidade do crime.
Na quinta-feira (5), as buscas ganhavam novo fôlego após cães da Guarda Civil Municipal identificarem o rastro de Alex perto do Rio Pardo, levando às descobertas de terra remexida com indícios de sangue. O corpo do adolescente foi finalmente localizado no dia 7, às margens do rio, próximo a uma usina.
A dor da mãe e comoção na comunidade
Os pais de Alex estão profundamente abalados e, por ora, se abstêm de entrevistas. A dor e a incredulidade refletem-se nas palavras do primo que, testemunha do desfecho trágico, expressou o sofrimento da família e a necessidade de justiça. “Só pela situação em que foi encontrado, já sabemos o sofrimento que ele passou”, lamentou Samuel, evidenciando a gravidade da condição em que o corpo do jovem foi encontrado.
A indignação e tristeza da população de Pontal são palpáveis. O caso chamou a atenção de diversos veículos de comunicação e movimentou a sociedade civil, que exige respostas efetivas e a condenação dos responsáveis. Um ato emblemático de solidariedade se formou ao redor do enterro de Alex, onde amigos e moradores demonstraram apoio à família e reiteraram suas esperanças de que a justiça prevaleça.
Conclusão
A história de Alex Gabriel Santos é mais uma tragédia em um ciclo de violência que, infelizmente, ainda assola tantas comunidades brasileiras. O clamor por justiça ressoa não apenas na cidade de Pontal, mas em todo o país. Espera-se que as investigações revelem todas as verdades por trás deste crime hediondo e que ações efetivas sejam tomadas para que tragédias como esta não se repitam. A perda de uma vida tão jovem nos lembra da necessidade urgente de mudança e proteção para todos os nossos adolescentes.