O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) expressa profunda tristeza pelo falecimento do renomado fotógrafo Sebastião Salgado nesta sexta-feira (23), aos 81 anos. Salgado, reconhecido internacionalmente por sua obra de forte impacto social e ambiental, deixou um legado inestimável aliado à sua carreira artística e ativista.
Legado de Salgado no STJ e na fotografia mundial
Em abril de 2023, Sebastião Salgado visitou o STJ para inaugurar a exposição Povos Indígenas: Natureza e Justiça, composta por 20 fotografias que retratam as lutas e dilemas dos povos originários da Amazônia. Em um gesto de generosidade, Salgado doou as obras ao tribunal, que hoje as exibe em diversos espaços do STJ.

Uma vida dedicada à denúncia e à conscientização
Por mais de 50 anos, Salgado transformou a fotografia documental em uma ferramenta poderosa de denúncia e conscientização social. Seus projetos emblemáticos, como Trabalhadores, Êxodos e Gênesis, retrataram as lutas de populações marginalizadas, as desigualdades globais e a beleza da natureza intocada com sensibilidade única.
Suas imagens em preto e branco, marcadas por uma estética distintiva e pelo momento decisivo, elevaram a fotografia a um patamar de arte engajada, reconhecida mundialmente com prêmios como o W. Eugene Smith de Fotografia Humanitária e o Príncipe de Astúrias das Artes. Sua indicação como o primeiro brasileiro na Academia de Belas Artes da França reforça seu protagonismo na arte e ativismo.

Legado e impacto de sua obra
Salgado encerra sua trajetória com suas obras doadas ao mundo, incluindo o STJ, como símbolo de seu compromisso com a justiça, dignidade humana e preservação ambiental. Sua luta por causas sociais permanece viva por meio de suas imagens que continuam inspirando e sensibilizando várias gerações.
Para conhecer mais sobre sua trajetória, leia o artigo publicado no jornal O Globo pelo presidente do STJ, ministro Herman Benjamin, em novembro de 2024.