Brasil, 9 de junho de 2025
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Vereador de Capão Bonito se opõe ao tombamento da Igreja Matriz

Na Câmara Municipal, Clayton Sassá defende preservação, mas critica o tombamento como se fosse uma destruição da história.

Durante uma recente sessão na Câmara Municipal de Capão Bonito, cidade localizada no interior de São Paulo, o vereador Clayton Sassá, do partido União, expressou sua posição favorável à preservação de um templo da Igreja Católica, mas se manifestou contra o tombamento da estrutura. Ele acredita que esse processo implica na “derrubada” da construção histórica, demonstrando confusão sobre o verdadeiro significado do tombamento.

A confusão do vereador sobre o tombamento

Em suas declarações, Sassá sinalizou uma falta de entendimento sobre o que realmente envolve o tombamento, que é, na verdade, a imposição de regras de proteção para a edificação. “Não sou católico, mas respeito cada um, cada crença e cada religião”, disse o vereador, que enfatizou que a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição de Capão Bonito é um patrimônio significativo, com 150 anos de história. “É totalmente contrário ao tombamento dessa igreja. Ao contrário, tem que se tornar um patrimônio público histórico do nosso município porque é uma marca para a Igreja Católica”, acrescentou.

A importância da Igreja para a cidade

A Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição é um dos símbolos da cidade, cuja origem está intrinsecamente ligada à religiosidade da região. A primeira missa na localidade, antes conhecida como Nova de Nossa Senhora da Conceição do Capão Bonito do Paranapanema, ocorreu em 22 de agosto de 1850. Essa data marca um ponto crucial na história religiosa e cultural da cidade.

A proposta de proteção alternativa

Embora se declare contrário ao tombamento, o vereador Sassá sugere outras formas de garantir a proteção do prédio histórico. Ele propôs que medidas para preservar a integridade do edifício sejam tomadas, como a proibição do tráfego de caminhões na rua onde a igreja se localiza. “Como que se destrói algo de 150 anos de história? Não é algo de 15 dias, é 150 anos de história naquela localidade”, argumentou o parlamentar, enfatizando a necessidade de salvaguardar o patrimônio histórico.

A proposta de Sassá de um protocolo que proíba caminhões na área ao redor da igreja demonstra uma preocupação legítima com a preservação da estrutura. No entanto, sua falta de clareza sobre o tombamento levanta questionamentos sobre a compreensão do vereador em relação às políticas de preservação do patrimônio.

A reação da comunidade

A comunidade local tem se manifestado acerca do tema, expressando preocupações sobre as implicações do tombamento e sobre a proteção do patrimônio histórico de Capão Bonito. A ignorância sobre a função do tombamento, que se destina a proteger a estrutura e a história que ela representa, pode causar confusão e resistência entre os residentes e autoridades.

Além disso, essa situação evidencia a necessidade de uma maior educação e conscientização sobre a importância de mecanismos de proteção do patrimônio. Clarificar os benefícios do tombamento pode ajudar a garantir que edificações históricas não apenas sejam preservadas, mas também valorizadas como parte da identidade cultural da comunidade.

Considerações finais

O episódio protagonizado pelo vereador Clayton Sassá ilustra um momento crucial para a preservação do patrimônio histórico em Capão Bonito. O tom das declarações do vereador, misturado à sua confusão sobre os processos de tombamento, sugere que o caminho para a proteção de landmarks históricos como a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição exige diálogo e compreensão mais profunda da legislação voltada para a preservação.

A situação destaca a importância de garantir que vozes como a do vereador sejam ouvidas, mas também requer um esforço coletivo para educar e informar sobre a relevância do tombamento e sua real função na proteção do nosso patrimônio cultural.

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