A rotina da família de Clara da Silva Pereira Duarte, moradora da Rua Marechal Floriano, em Corumbá (MS), foi novamente abalada pela visita indesejada de uma onça-pintada. Pela segunda vez em menos de uma semana, o felino foi flagrado por câmeras de segurança no quintal da residência, localizada próxima ao Mirante da Capivara. O novo registro aconteceu na noite de sexta-feira (6) e reacendeu o medo entre os moradores. Em entrevista ao site local Diário Corumbaense, os familiares se dizem preocupados e “reféns” da situação.
O medo constante dos moradores
Clara conta que a tensão gerada pela presença do animal é enorme. “Nem consegui dormir essa noite. Estamos muito preocupados,” relatou a moradora. Dessa vez, conseguiu espantar a onça com gritos, junto ao filho. O episódio anterior já havia deixado a família em alerta, após a onça tentar atacar uma poodle e ser afugentada pelas outras duas cadelas da casa. É um cenário preocupante e que tem gerado inquietação não só na família, mas em toda a comunidade de Corumbá.
A presença de animais silvestres nas áreas urbanas
Este incidente levanta discussões sobre a presença de animais silvestres em áreas urbanas e a necessidade de abordagens mais seguras para a população. Além do risco à segurança das pessoas, a presença de onças em áreas habitadas também pode afetar a vida selvagem e a fauna local. Os especialistas alertam que a expansão urbana tem pressionado o habitat natural desses animais, levando-os a procurar alimentos em áreas habitadas.
Como agir em encontros com onças
Organizações de proteção à fauna recomendam algumas medidas que as pessoas devem adotar caso encontrem uma onça-pintada ou outro animal potencialmente perigoso. A primeira é manter a calma e não se aproximar do animal, pois isso pode levar a uma reação agressiva. Fazer barulho, como gritar ou bater palmas, pode ajudar a afugentar o animal sem causar a ele qualquer harmo. Em últimos casos, ter um spray de pimenta ou um bastão pode ser útil.
A resposta das autoridades e a proteção da comunidade
A situação em Corumbá exigiu a atenção das autoridades locais. A prefeitura, após a série de incidentes, começou a implementar ações para sensibilizar a população sobre a convivência com a fauna local, controlando a alimentação de animais domésticos que podem atrair os felinos. Além disso, foi dada a direção para que unidades de proteção animal e ambiental fossem acionadas para monitorar a situação e, se necessário, realocar os animais para áreas mais seguras e longe da urbanização.
O que a comunidade pode fazer?
A comunidade de Corumbá também tem um papel a desempenhar nessa questão. Ações como a conscientização sobre a importância da biodiversidade e a coexistência com a fauna local são fundamentais. Fazer campanhas de educação ambiental e envolver a população em discussões sobre como lidar com situações como essa é uma maneira eficaz de aumentar a segurança e minimizar os riscos de encontros indesejados.
Um dilema na convivência com a natureza
O caso da família de Clara é um reflexo de um dilema maior: como encontrar um equilíbrio entre a expansão urbana e a preservação da vida selvagem. A visita da onça-pintada trouxe à tona questões sobre a invasão de habitats e a necessidade urgente de criar estratégias de convivência que respeitem tanto os direitos dos seres humanos quanto dos animais silvestres.
É fundamental que todas as partes envolvidas, desde os moradores até as autoridades, trabalhem em conjunto para garantir a segurança da população e a proteção dos animais que são parte essencial do ecossistema local. Somente assim, Corumbá poderá viver em harmonia com a natureza que a cerca.
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