Brasil, 8 de junho de 2025
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Ferrari investe em inteligência artificial para personalização e eficiência na nova era

Marca de luxo amplia uso de IA e simulações virtuais para criar modelos exclusivos, acelerar processos e preservar seu artesanato

A Ferrari, conhecida pelo trabalho artesanal de fabricação de seus carros e produção limitada, está ampliando o investimento em inteligência artificial (IA) e simulações virtuais. A iniciativa visa desenvolver novos modelos, criar veículos personalizados e aumentar a eficiência em etapas do design e da manufatura, sem abrir mão do seu DNA artesanal.

Personalização de veículos e uso de simulações virtuais

Com uma produção anual de cerca de 13,7 mil veículos, a Ferrari já possui uma clientela restrita e exclusiva, na qual cada carro sai da fábrica de Maranello com comprador definido. Agora, com o uso de IA, a montadora busca elevar ainda mais essa experiência personalizada, permitindo que clientes definam materiais, cores e acabamentos de forma digital, antes da produção física.

Dentro do processo de inovação, ferramentas como gêmeos digitais e IA generativa ajudam a simular virtualmente projetos, reduzindo atividades repetitivas e acelerando etapas do desenvolvimento. “A complexidade do nosso produto está na diferenciação entre os modelos e nas possibilidades de personalização, não no volume”, explica Alfonso Fuggetta, diretor de Transformação Digital da Ferrari, em entrevista exclusiva ao GLOBO.

Implementação de tecnologias emergentes na fábrica

No novo complexo industrial em Maranello, inaugurado em 2024 e conhecido como e-building, tecnologias como visão computacional e sensores inteligentes controlam a qualidade, enquanto tarefas de acabamento permanecem artesanais. O espaço une máquinas autônomas a processos manuais, garantindo o artesanato e a alta tecnologia.

Segundo Fuggetta, as ferramentas digitais vêm sendo incorporadas desde as fases iniciais da criação, com o objetivo de oferecer maior agilidade na validação de conceitos e na produção de protótipos virtuais. A infraestrutura online da Ferrari, que migrado para a nuvem da Amazon AWS, integra modelos de IA, incluindo plataformas como Claude da Anthropic e LLaMA da Meta, reduzindo em 20% o tempo de configuração de veículos e acelerando em 60% as simulações de engenharia.

Ferramentas de IA e inovação no desenvolvimento

Na prática, a tecnologia permite substituir sensores físicos por sensores virtuais, economizando peso e custos sem comprometer a precisão. Modelos de IA também são usados na inspeção de peças, controle de torque na montagem de motores de Fórmula 1 e no design de componentes por meio de IA generativa, que ajuda a otimizar materiais e formas com base em descrições simples.

Além do aprimoramento na produção e no desenvolvimento do carro, a Ferrari aposta na digitalização para oferecer experiências imersivas e diagnósticos remotos, tornando seus veículos cada vez mais conectados e inteligentes. O próximo passo é o lançamento do primeiro modelo elétrico, previsto para 2026, que deve reunir arquitetura própria e foco em experiência sensorial, sem perder a exclusividade e o desempenho que marcam a marca.

Perspectivas futuras e manutenção do artesanato

Apesar do avanço tecnológico, a Ferrari garante que o artesanato continuará sendo uma marca registrada, com suas equipes de acabamento valorizando tarefas manuais. A integração de IA ao ciclo de criação serve como uma “caixa de ferramentas”, que amplia a capacidade criativa dos engenheiros sem substituir a essência do trabalho artesanal.

A expectativa é que a digitalização e a inovação em inteligência artificial reforcem a identidade de desempenho, emoção e luxo da Ferrari, enquanto expandem suas possibilidades de personalização e eficiência na produção de veículos de alta performance.

*A jornalista viajou a convite da AWS

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