Brasil, 8 de junho de 2025
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Explosivos ocultos em carcaças de animais são nova tática na guerra

Explosivos escondidos em animais são utilizados por forças russas na Ucrânia, aumentando os riscos para os soldados ucranianos.

A guerra na Ucrânia ganhou um novo e macabro capítulo com a denúncia de que forças russas estão usando explosivos ocultos em carcaças de animais como uma tática militar. Essa estratégia, que visa dificultar a detecção de explosivos por métodos convencionais, tem levantado preocupações sobre o aumento do risco para os soldados que atuam na linha de frente.

Detecção complicada e perigos crescentes

Segundo o canal de Telegram Para Pax, essa técnica permite que as tropas de Vladimir Putin se reintegrem ao ambiente, minimizando a probabilidade de serem detectadas. Imagens compartilhadas mostram um explosivo sendo escondido dentro de um coelho, que é então cuidadosamente encoberto por tecido. Tais métodos estão sendo utilizados para implantar dispositivos explosivos improvisados (IEDs) que podem ser arremessados por drones, servindo tanto para negação de área quanto para ataques direcionados.

A utilização de carcaças de animais complica a detecção de explosivos, uma vez que os drones e outros dispositivos usados para descobrir armadilhas deixadas pelo inimigo são menos eficazes quando se trata de armadilhas camufladas dessa forma. Isso representa um desafio significativo para os militares ucranianos, que precisam manter a segurança em áreas de combate.

Um padrão de táticas macabras

Esse não é um uso novo de táticas em guerras. Desde o início da invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia, vários casos de exércitos utilizando notavelmente não apenas equipamentos abandonados, mas também os corpos de seus próprios soldados como armadilhas foram documentados. A prática de esconder explosivos em carcaças de animais também foi amplamente utilizada por grupos insurgentes, como Al-Qaeda e o Talibã, que atuaram em conflitos anteriores no Oriente Médio.

No passado, explosivos eram frequentemente escondidos em animais mortos, como cães, burros e cabras, especialmente ao longo de estradas ou próximos a postos de controle. Os relatos indicam que até mesmo antes do término da retirada das tropas dos EUA do Afeganistão, em 2021, o Talibã já usava IEDs de animais (ABIEDs, na sigla em inglês), que incluíam até mesmo animais vivos, como burros, que eram equipados com explosivos e direcionados para alvos estratégicos.

Esses animais eram, em alguns casos, soltos em áreas sensíveis, onde eram esperados grandes estrondos quando os explosivos eram ativados. Essa tática demonstra a evolução das técnicas de guerrilha e o desespero de forças que buscam maximizar o impacto em um cenário bélico altamente tecnológico e monitorado.

Implicações e considerações éticas

A crescente complexidade das táticas de guerra modernizadas, como o uso de carcaças de animais, levanta questões éticas e morais sobre a condução de conflitos. A utilização de explosivos dentro de corpos de animais não só representa uma violação das normas de guerra, como também gera uma nova onda de estigmas e traumas entre os soldados que enfrentam essas atrocidades no dia a dia.

As forças ucranianas agora se encontram em uma corrida contra o tempo para desenvolver métodos cada vez mais sofisticados para detectar e neutralizar essas ameaças. À medida que o uso de drones e tecnologias avançadas se intensifica, é vital que os exércitos também evoluam suas estratégias para se adequar à natureza cruel do confronto atual.

Esse cenário retrata a brutalidade da guerra contemporânea e destaca como as táticas evoluem diante das circunstâncias. O uso de carcaças de animais não é apenas uma tática, mas uma reflexão do desespero que caracteriza os conflitos atuais, onde a vida humana e animal se tornam meros instrumentos de uma guerra interminável.

Para mais informações, você pode conferir o link original.

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