Brasil, 8 de junho de 2025
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A extrema-direita não voltará a governar o Brasil, diz Lula

O presidente Lula reafirma que a extrema-direita não governará novamente, enquanto discute estratégias para eleições de 2026 e a COP30.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma declaração forte durante uma coletiva de imprensa realizada neste sábado em Paris, afirmando que “a extrema-direita não voltará a governar o Brasil”. A insegurança em relação ao futuro político do país foi tema central da conversa, especialmente em vista das eleições de 2026. Além disso, Lula deu detalhes sobre as estratégias do governo para a seleção de candidatos ao Senado, enquanto também abordou a próxima Cúpula do Clima, a COP30.

A declaração de Lula e o cenário político

A afirmação de Lula de que a extrema-direita não conseguirá retornar ao governo foi acompanhada de críticas diretas aos discursos negacionistas e mentirosos que, segundo ele, desrespeitam diversos grupos sociais, como mulheres, negros e indígenas. “O que eu posso te dizer é que a extrema-direita não voltará a governar esse país, sobretudo com discurso canalha”, disse o presidente.

O tom firme de Lula demonstra a resistência que seu governo pretende manter frente à oposição. “Eles [integrantes da oposição] querem eleger senadores, eu também quero. Eles querem eleger governadores, eu também quero. Eles querem eleger deputados, eu também quero”, continuou, reforçando a natureza competitiva e dinâmica do cenário político atual.

Estratégia para o Senado e o papel de Haddad

Durante a coletiva, Lula também foi questionado sobre as próximas escolhas de candidatos ao Senado, onde até dois terços das cadeiras poderão ser renovadas. Ele enfatizou a necessidade de realizar um mapeamento do Brasil para identificar os melhores candidatos. “Quando chegar o ano que vem, eu vou começar a discutir candidaturas. Eu não sei quem é melhor em que lugar”, afirmou, reforçando a importância da estratégia a ser usada pela administração.

Uma questão que gerou especulação foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem sido aventado como possível candidato. Contudo, Lula desconversou em relação à candidatura de Haddad, que já negou, em entrevistas, sua intenção de concorrer e afirmou ter avisado a direção do PT sobre sua decisão com antecipação. O presidente parecia querer evitar comprometer-se com um nome antes que estratégias mais concretas fossem estabelecidas.

Conversas sobre a COP30 e a posição dos EUA

Além da política interna, Lula também abordou temas internacionais durante a coletiva, destacando a importância da COP30, prevista para acontecer em Belém, no Pará, em novembro. Uma das declarações mais notáveis foi a de que se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não confirmar sua presença, Lula tomará a iniciativa de contatá-lo pessoalmente para convencê-lo a participar.

A cúpula sobre clima é considerada fundamental para discutir as ações globais em relação às mudanças climáticas, e a presença de líderes como Trump poderia aumentar significativamente a relevância do evento. Lula afirmou: “Vamos fazer uma reunião separada de chefes de Estado dois dias antes de aprofundar o debate”. Essa manobra intimida uma aproximação dos Estados Unidos às questões climáticas que afetam o planeta.

A situação atual da diplomacia climática dos EUA, que sofreu um retrocesso com o fechamento de escritórios específicos, é um indicativo dos desafios que Lula enfrentará. O presidente brasileiro expressou seu desejo de promover um diálogo efetivo, estabelecendo que, se Trump não confirmar presença, ligará pessoalmente: “A COP está aqui no Brasil. Vamos discutir este assunto”, disse.

O futuro político e diplomático de Lula

Após a coletiva, Lula seguiu para Nice, no Sul da França, onde participará da Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano. Essa movimentação demonstra a continuidade da diplomacia ativa do Brasil sob sua gestão, evidenciando um governo que busca não só fortalecer sua posição interna mas também assumir um papel de destaque nas discussões globais.

Com um governo que enfrenta a adversidade de uma oposição forte e uma crítica velada, Lula permanece firme em sua posição. Sua declaração de que a extrema-direita não retornará ao governo ressoa como um mantra no seio da política brasileira, enquanto ele navega pela complexidade da eleição de 2026 e pelas relações internacionais que se intensificam a cada dia.

O próximo ano se apresenta como um campo de batalhas políticas e diplomáticas, e Lula parece já estar se preparando para a luta, tomando uma postura assertiva e direta.

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