Brasil, 8 de junho de 2025
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Helder Barbalho defende pesquisa de petróleo na margem Equatorial

Governador do Pará compara exploração na Amazônia às perfurações em Copacabana e reforça necessidade de uso de combustíveis fósseis

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou nesta sexta-feira (6) que a exploração de petróleo na região da margem Equatorial é necessária para o desenvolvimento do Brasil. Ele destacou que a região, localizada a cerca de 540 quilômetros da foz do rio Amazonas, deve ser alvo de pesquisas e perfurações pela Petrobras, contrariando argumentos ambientais e ideológicos que tem se oposto à atividade.

Argumentos a favor da exploração na margem Equatorial

Durante evento do Grupo Esfera no Guarujá, litoral paulista, Helder Barbalho defendeu a exploração de petróleo na região, afirmando que o debate precisa de “honestidade”. Segundo ele, o Brasil, como país em desenvolvimento, não pode abrir mão do uso de combustíveis fósseis para garantir seu crescimento social e econômico. “Querem dizer que em Copacabana pode perfurar, mas na Amazônia, não?” Questionou, sob aplausos.

O governador argumentou que a exploração na margem Equatorial já ocorre em mar aberto por países vizinhos e que o bloqueio a esse tipo de atividade seria uma forma de impedir o desenvolvimento na região amazônica. “Nós necessitamos disso”, afirmou, acrescentando que cabe às empresas montar seus planos de contingência e às autoridades públicas atuar de forma “objetiva e pragmática”, sem interferências ideológicas.

Reações e controvérsias sobre a exploração petrolífera

A posição de Helder Barbalho é contrária às orientações do Ibama, que recentemente autorizou a Petrobras a realizar vistorias e simulações de resgate de animais na região da margem Equatorial, como parte do processo de licenciamento para perfuração de um poço na Bacia do Amazonas. A medida gerou críticas de entidades ambientais, como a Associação de Funcionários do Ibama, que questionaram a decisão.

Além disso, a intenção de explorar a região também enfrenta resistência de defensores do meio ambiente, como Marina Silva, que reafirmou que a criação de unidades de conservação no Amapá não impede a exploração na margem Equatorial. A questão ambiental permanece em alta na discussão, enquanto o governo do Pará reforça sua posição de que a exploração é imprescindível para o desenvolvimento social e econômico da região.

Perspectivas futuras e o papel do Pará

Helder Barbalho destaca que o Pará, que será sede da COP30, tem se tornado uma referência em produção sustentável, com ênfase em gado, florestas em pé e mineração. Para ele, a exploração de petróleo na região não compromete a preservação, visto que o bloco onde a Petrobras deseja atuar está em mar aberto.

O governador concluiu que, ao invés de serem penalizados por usar suas riquezas, estados como o Pará enfrentam problemas como baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), desemprego e falta de acesso a serviços básicos. “Essa é uma questão de necessidade”, afirmou.

Conflito entre desenvolvimento econômico e ambiental

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, que também participou do evento, concordou com Barbalho. Ele apontou que a produção de petróleo no Brasil está concentrada em estados como Rio, São Paulo e Espírito Santo, e que essa riqueza precisa ser distribuída de modo a equilibrar as regiões do país. Segundo Castro, os royalties gerados pelo petróleo são essenciais para a sustentabilidade financeira dessas unidades federativas.

O debate sobre a exploração na margem Equatorial continuará a gerar discussões acaloradas entre os setores ambientalistas, que defendem a preservação da região, e os representantes estaduais e do setor energético, que argumentam ser vital para o crescimento econômico do Brasil.

Para saber mais sobre os avanços na exploração na região, acesse Fonte.

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