Brasil, 8 de junho de 2025
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EUA destruirão reserva de contraceptivos devido a preocupações com coerção

O Departamento de Estado dos EUA eliminará um estoque de contraceptivos internacionais após suspeitas de práticas coercitivas por ONG assistidas.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou a destruição de uma reserva de contraceptivos avaliados em mais de US$ 12 milhões, incluindo pílulas, preservativos e implantes, destinados a países em desenvolvimento por meio de programas de ajuda internacional. A medida ocorre após preocupações de que algumas ONGs contratadas tenham participado de programas com abortos coercitivos ou esterilizações involuntárias.

Conformidade com a política de Trump e custos

Fonte do Departamento de Estado confirmou à CNA que a destruição se dá por cumprimento ao memorando do presidente Donald Trump, que reimplementou a Política de Cidade do México, proibindo financiamento de organizações que promovem aborto e esterilização forçada em outros países. Segundo o oficial, essa ação custará cerca de US$ 167 mil, enquanto a rebrandagem para revenda envolveria gastos de vários milhões de dólares para os contribuintes.

“Não há razão para que os contribuintes dos EUA financiem anticoncepcionais, seja domesticamente ou no exterior”, declarou a fonte, ressaltando o compromisso com a responsabilidade fiscal.

Críticas e controvérsias sobre o financiamento internacional de planejamento familiar

Rebecca Oas, diretora de pesquisa do Centro para Família e Direitos Humanos (C-Fam), afirma que o financiamento do “movimento de planejamento familiar internacional” tem raízes na “indústria do aborto” desde 1969, com a criação do Escritório de População pela USAID.

Ela defende um afastamento do apoio ao planejamento familiar visando promover uma política pró-vida, argumentando que há problemas com a coerção, como relatos de mulheres rohingyas em Bangladesh que foram obrigadas a implantes contraceptivos para receber ajuda alimentar, situação que, segundo ela, é comum no país.

O padre Tadeusz Pacholczyk, ethicista do Centro de Bioética Católica, classifica os programas internacionais de planejamento familiar apoiados pelos EUA como “imperialismo pró-aborto e anti-família”. Ele defende que países devem negociar diretamente com fabricantes de contraceptivos, sem passarem pela mediação americana.

Implicações morais do uso de anticoncepcionais

A administração Biden, embora não apoie o financiamento internacional, mantém o apoio ao acesso ao contraceptivo nos EUA e globalmente, enquanto grupos católicos reforçam sua oposição aos anticoncepcionais artificiais, considerados moralmente ilícitos pela Igreja Católica. O padre Pacholczyk destaca que esses métodos não curam ou restauram o sistema reprodutor, mas o perturbam intencionalmente, por meio da alteração hormonal.

O documento Catecismo da Igreja Católica reforça que cada ato marital deve estar ligado à procriação, condenando ações que visem impedir a geração de vida. A Igreja também reconhece a fertilidade natural através de métodos como a Planificação Natural.

“As agendas ideológicas que promovem permissividade não devem minar nossa responsabilidade moral na sexualidade”, afirmou Pacholczyk.

Perspectivas futuras

Apesar da política de não financiar contraceptivos, os EUA continuam apoiando o acesso ao método, refletindo divisão de opiniões nos grupos políticos e religiosos. A destruição do estoque é vista por críticos como uma medida de prudência moral e legal diante de denúncias de coerção, enquanto defensores argumentam que o controle estatal deve agir para evitar abusos e gastos desnecessários.

Mais detalhes sobre a decisão do Departamento de Estado podem ser consultados na fonte original.

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