Após uma conversa telefônica de 90 minutos entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, foi confirmada a retomada das negociações comerciais entre os dois países, marcada para a próxima segunda-feira (9) em Londres. O objetivo do encontro é aliviar as tensões provocadas pelas tarifas e restrições tecnológicas que impactam o comércio bilateral.
Perspectivas e pauta da reunião EUA-China
Segundo Trump, a reunião terá foco em temas como o fornecimento de minerais críticos e as restrições tecnológicas, além de buscar uma solução para a queda no comércio bilateral, que atingiu US$ 660 bilhões em 2024. A delegação americana será liderada pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent, pelo Secretário de Comércio, Howard Lutnick, e pelo Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer. A inclusão de Lutnick indica possíveis revisões nas restrições tecnológicas impostas à China.
Contexto das negociações e histórico recente
Apesar de negociações em andamento, o Ministério do Comércio da China, na época, negou qualquer avanço formal em abril, deixando transparecer uma fase de incertezas. Após uma rodada de conversas em Genebra, em maio, foi acordada uma trégua tarifária temporária. Os Estados Unidos aplicam tarifas de até 145% sobre produtos chineses, enquanto a China retaliou com taxas de até 125%, resultando em uma redução significativa do comércio bilateral.
Impactos e expectativas para os próximos meses
Analistas do setor financeiro alertam que as importações chinesas para os EUA podem cair entre 75% e 80% na segunda metade de 2025, afetando setores como eletrônicos, vestuário e brinquedos. Em dezembro de 2024, Trump anunciou um acordo provisório que reduziu as tarifas americanas para 30% e as chinesas para 10%, válido por 90 dias, e posteriormente sugeriu ajustes dependendo do avanço nas negociações.
Discurso de Trump e postura da China
Trump declarou que “a reunião deve correr muito bem” e evitou dar detalhes sobre possíveis concessões. Ambos os líderes demonstram interesse em soluções que minimizem os efeitos econômicos da disputa comercial. A China, por sua vez, insiste na condução das negociações em condições de igualdade e prepara novas medidas retaliatórias, incluindo tarifas sobre produtos agrícolas americanos e restrição a empresas dos EUA.
Próximos passos e expectativas do encontro
As expectativas são de que o governo britânico publique nos próximos dias detalhes sobre o formato do encontro, que deve acontecer em Londres nesta segunda-feira. Analistas avaliam que a retomada do diálogo sinaliza uma tentativa de reequilibrar as relações comerciais e evitar prejuízos mais severos para ambas as economias.
Enquanto isso, mercados financeiros manifestam otimismo com a possibilidade de um alívio nas tensões, favorecendo a estabilidade econômica global. A reunião é vista como um passo crucial na tentativa de estabelecer um entendimento mais duradouro entre as maiores potências econômicas do mundo.
Para acompanhar as negociações e possíveis desdobramentos, continue atento às informações do Fonte oficial do IG.