Brasil, 8 de junho de 2025
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Brasil conquista certificação de livre de febre aftosa sem vacinação em Paris

Reconhecimento internacional pode abrir novos mercados para a carne brasileira e valorizar o setor agropecuário do país

O Brasil recebeu nesta sexta-feira (6), em Paris, na França, o certificado que reconhece o país como livre de febre aftosa sem vacinação, fortalecendo seu posicionamento no comércio internacional de carnes. A confirmação foi oficializada durante a 92ª Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Reconhecimento oficial reforça a sanidade agropecuária brasileira

O certificado foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante o evento. Segundo Fávaro, “este é um dia histórico, comprovando a força da sanidade agropecuária brasileira”.

Para o setor, essa certificação representa uma conquista importante, pois possibilita a entrada de mercados internacionais mais exigentes, que priorizam produtos de países certificados como livres de febre aftosa sem vacinação. Países como Japão, Filipinas e Indonésia já demonstraram interesse em importar carne bovina brasileira com base nesse novo status.

Histórico do status sanitário e impacto no comércio

O reconhecimento oficial ocorre após a aprovação do status na Assembleia da OMSA, realizado em Paris. Desde 2007, Santa Catarina foi o primeiro estado brasileiro a obter reconhecimento como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Antes disso, em 2008, o Brasil foi declarado oficialmente livre da doença, porém, com vacinação.

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) celebrou o momento, destacando que a certificação coloca o Brasil em “um novo patamar no comércio internacional” e aumenta a competitividade do setor. A entidade acredita que a conquista pode favorecer a exportação de cortes de alto valor, como miúdos, além de facilitar negociações com mercados de alta exigência.

Vantagens e desafios do novo status sanitário

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o novo reconhecimento deve promover a redução de custos de produção e ampliar a margem de lucro dos pecuaristas ao mesmo tempo em que possibilita o acesso a mercados mais lucrativos, como o japonês, que valoriza produtos de países livres de febre aftosa sem vacinação.

Entretanto, a mudança de status também implica na necessidade de renegociar certificados sanitários internacionais, o que pode demandar ajustes nos próximos meses. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o reconhecimento pode contribuir ainda para a diminuição de custos na defesa sanitária e aumentar a competitividade do setor.

Importância da certificação para o Brasil e a saúde animal

O reconhecimento da OMSA reforça o compromisso do Brasil com a sanidade animal e a segurança dos alimentos exportados. O país é o maior exportador mundial de carne bovina, e a certificação contribui para consolidar essa posição no mercado global.

Marcelo de Andrade Mota, delegado da OMSA e diretor do Ministério da Agricultura, afirmou: “O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina, e esse status garante que continuemos contribuindo para alimentar pessoas em todo o mundo”.

Perspectivas futuras e continuidade no controle sanitário

Apesar do avanço, o Ministério da Agricultura destacou que o último foco de febre aftosa foi registrado em 2006, nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, e que o controle da doença permanece uma prioridade. O país continuará a adotar ações estratégicas para evitar novos casos e manter o status de livre de febre aftosa sem vacinação.

O reconhecimento internacional reforça a importância do rigoroso controle sanitário e das ações de vigilância na cadeia produtiva brasileira, essenciais para consolidar a posição global do setor de carnes do Brasil. A expectativa é de que o novo status impulsione ainda mais as exportações e valorize a carne brasileira no mercado mundial.

Para saber mais detalhes, acesse a notícia completa no g1.

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