Brasil, 8 de junho de 2025
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Harvey Weinstein fala sobre seu julgamento enquanto aguarda o veredito

Harvey Weinstein expressa arrependimentos por suas ações, mas defende que nunca agiu ilegalmente, em entrevista rara enquanto aguarda o veredito.

Harvey Weinstein, o ex-produtor de Hollywood que enfrenta um novo julgamento por crimes sexuais em Nova York, concedeu uma rara entrevista onde expressou seus “arrependimentos” por ter agido de forma “imoral”, mas insistiu que seus atos nunca foram ilegais. Esta declaração ocorre enquanto ele aguarda o veredito da nova fase no processo judicial que o envolve.

Arrependimentos e defesa de Weinstein

Em uma conversa telefônica exclusiva para o programa “Good Day New York”, da Fox 5, a âncora Rosanna Scotto questionou Weinstein sobre as mulheres que testemunharam contra ele e se ele sentia algum remorso. “Eu acho que Arthur [seu advogado] disse que elas tinham 4 milhões de razões para testemunhar, como em dólares”, mencionou Weinstein, referindo-se ao seu advogado Arthur Aidala.

“Eu lamento por ter passado isso para minha família, por ter colocado minha esposa nessa situação, e por ter agido de maneira imoral”, continuou Weinstein. “Eu causei dor a tantas pessoas próximas a mim por ações que foram estúpidas, sabe o que quero dizer? Mas nunca foram ilegais, nunca foram criminosas, nunca foram nada disso.”

Contexto jurídico e desdobramentos do retrial

Weinstein, que já foi condenado por três das sete acusações em um julgamento de agressão sexual na Califórnia em 2022, enfrentou uma sentença de 16 anos de prisão. Entretanto, ele está sendo reprocessado em Nova York após suas condenações anteriores no estado serem anuladas em 2024. Atualmente, ele enfrenta dois crimes de “ato sexual criminoso” em primeiro grau e uma acusação de estupro em terceiro grau. As argumentações finais do retrial foram concluídas na quarta-feira, e as deliberações do júri começaram na quinta-feira.

Por que Weinstein não testemunhou?

Durante a entrevista, Scotto perguntou a Weinstein por que ele decidiu não testemunhar no retrial. Embora tenha admitido que gostaria de ter feito isso, Weinstein explicou que Aidala aconselhou-o de que “o júri estava se sentindo fortemente, que o júri compreendia o nosso caso e seria simpático ao nosso caso, e que o promotor tentaria me destroçar se eu fosse ao banco das testemunhas”.

Weinstein ainda acrescentou: “Não tenho medo do promotor, mas este foi o melhor conselho e este é o conselho que você frequentemente ouve: não suba ao banco das testemunhas se você não precisar.”

A entrevista completa de Weinstein pode ser assistida no programa “Good Day New York”, disponível através de um link em sua plataforma.

À medida que o desfecho do novo julgamento de Weinstein se aproxima, o caso continua a atrair a atenção da mídia e do público, refletindo as complexidades e consequências de suas ações passadas. As repercussões deste processo e as testemunhas que se apresentaram demonstram um momento crucial na busca por justiça em casos de agressão sexual.

Com as coberturas sobre Weinstein, o público continua a ser lembrado das narrativas e vozes de muitas mulheres que tiveram suas vidas impactadas por suas ações, levantando questões sobre poder, responsabilidade e a busca por um sistema de justiça mais equitativo.

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