Brasil, 8 de junho de 2025
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Carla Zambelli tem recurso negado e pode cumprir pena de dez anos

Os ministros do STF negaram o recurso da deputada Carla Zambelli, confirmando pena de dez anos por invasão ao sistema do CNJ.

Os ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiram, em julgamento recente, negar o recurso da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ela havia sido condenada a dez anos de prisão em maio, após ser considerada culpada pela invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa decisão marca um importante avanço no julgamento de casos que envolvem ilegalidades no uso de tecnologia por figuras públicas.

A decisão do Supremo

Durante a análise do caso, os ministros rechaçaram os embargos apresentados pela defesa de Zambelli. Moraes votou pela certificação do trânsito em julgado, o que encerra a possibilidade de novos recursos e torna o cumprimento da pena imediato. Em sua fala, Moraes caracterizou os pedidos de embargos como “meramente protelatórios” e afirmou: “REJEITO os embargos de declaração opostos por CARLA ZAMBELLI SALGADO DE OLIVEIRA e WALTER DELGATTI NETO.”

Além da negação dos embargos, essa decisão implica em consequências significativas: a possibilidade imediata de prisão da deputada, que pode ser efetivada assim que a decisão do STF se tornar definitiva.

Os impactos da condenação

A condenação de Carla Zambelli à pena de dez anos se relaciona a um caso de falsidade ideológica e invasão do sistema eletrônico do CNJ. O relator, Alexandre de Moraes, revelou que Zambelli teria agido em conluio com o hacker Walter Delgatti, que inseriu pelo menos 16 documentos falsos no CNJ a pedido da deputada. Um elemento crucial da prova apresentada foi o registro de um arquivo acessado por Zambelli segundos após sua criação por Delgatti.

Consequências adicionais

A decisão do STF não se restringe apenas a criminalidade associada à invasão do sistema. Além disso, Zambelli enfrenta outras acusações, incluindo porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Um dos incidentes mais notórios ocorreu durante a última eleição, quando a parlamentar brandiu uma pistola contra um jornalista após um desentendimento. Essas ações suscitaram preocupações sobre a conduta dos representantes públicos e a segurança da informação.

O julgamento em andamento e o futuro da deputada

A Primeira Turma do STF, que inclui outros ministros como Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia, está analisando embargos que poderão influenciar a decisão sobre a permanência de Zambelli no cargo. Se a decisão for unânime, a condenação será considerada com trânsito em julgado, o que abre a possibilidade de cumprimento da pena.”

Com a pressão crescente, Carla Zambelli se pronunciou na divulgação da sentença, informando que “não sobreviveria na cadeia”, uma consideração que levanta questões sobre a saúde mental e as implicações da prisão em sua vida pessoal.

Considerações Finais

A desaprovação das instâncias superiores do judiciário, como o STF, reflete não apenas um aspecto jurídico, mas também um chamado à responsabilidade das figuras públicas, especialmente em uma era em que a integridade dos sistemas eletrônicos e da informação são fundamentais. O caso de Carla Zambelli se torna um ponto de referência nas discussões acerca da atuação de políticos e a ética no trato da informação pública. Se o cumprimento da pena se efetivar, estabelecerá um precedente importante no combate à impunidade em casos de corrupção e invasão de sistemas.

Ao longo da próxima semana, o STF deve confirmar a decisão e, com isso, a trajetória política de Carla Zambelli poderá ter uma reviravolta significativa, dependendo das próximas deliberações. Esse caso ilustra as complexidades enfrentadas na intersecção entre política, tecnologia e justiça no Brasil contemporâneo.

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