Brasil, 8 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Impacto dos desastres naturais na educação de crianças

Arcebispo destaca a importância das escolas na gestão de desastres naturais e apoio a crianças afetadas.

No contexto de desastres naturais que afetam a vida de um bilhão de crianças globalmente, o arcebispo Ettore Balestrero, observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas, fez um poderoso apelo durante a mesa-redonda “Escolas seguras agora”. O evento, que faz parte da Plataforma Global para a Redução do Risco de Desastres, ocorreu de 2 a 6 de junho em Genebra, Suíça, e enfatizou o papel crucial das instituições educacionais na proteção e no apoio a crianças e famílias em situações de crise.

O papel das escolas na conscientização e preparação

Balestrero afirmou que as escolas desempenham um papel fundamental na conscientização sobre os riscos de desastres e na educação para a gestão desses eventos. “A escola é um lugar fundamental para promover a conscientização sobre os riscos e preparar a gestão de catástrofes naturais”, declarou. Ele citou como exemplo a Associação Católica para a Educação das Filipinas, que implementou programas obrigatórios de preparação para desastres, envolvendo crianças, pais, professores e a comunidade em geral. Essa iniciativa visa educar os jovens sobre a importância da proteção ambiental e da responsabilidade social.

Jardins de responsabilidade

As escolas são vistas como “jardins de responsabilidade”, onde os alunos aprendem sobre a gestão e proteção do meio ambiente. A educação para a proteção do meio ambiente é essencial, uma vez que todos têm um papel a desempenhar nos cuidados da criação confiada pela natureza. O arcebispo sublinhou que a gestão adequada dos recursos naturais é vital para prevenir desastres e formar cidadãos mais conscientes.

Centros estratégicos de apoio nas crises

A escola não é apenas um lugar de aprendizado, mas também um centro estratégico para apoio material e emocional durante e após desastres naturais. Balestrero destacou que as instituições católicas têm um papel insubstituível na resposta a emergências, oferecendo ajuda vital como alimentos, água, abrigo e assistência médica. Um exemplo disso ocorreu em outubro de 2024, durante a temporada de furacões na América Central, especificamente após o furacão Helene, quando a Immaculata Catholic School, na Carolina do Norte, se tornou um importante centro de distribuição de ajuda para mais de 1.500 famílias.

O cuidado pós-desastre

A assistência oferecida pelas escolas vai além das necessidades materiais. O suporte espiritual também é uma parte crucial do trabalho realizado. O arcebispo ressaltou que, ao avaliar os danos causados por desastres, é imperativo considerar o sofrimento emocional das pessoas que perderam entes queridos e os sacrifícios de toda uma vida. A Igreja, portanto, busca criar “escolas seguras e compassivas”, onde cada criança pode crescer com dignidade, resiliência e esperança, superando os desafios impostos pelas cidades em ruínas e pelas tragédias pessoais.

Conclusão: A necessidade de um compromisso coletivo

O evento “Escolas seguras agora” e as palavras do arcebispo Balestrero colocam em evidência a urgência de repensar a implementação de programas educativos que não apenas ensinem conteúdo acadêmico, mas também preparem os alunos para os desafios reais do mundo em que vivem. Desastres naturais e mudanças climáticas exigem uma resposta coletiva que inclua instituições educacionais, governos e comunidades que trabalhem juntas para proporcionar um futuro seguro e sustentável para as gerações mais jovens. A educação, na visão da Santa Sé, é a chave para transformar crises em oportunidades de aprendizado e crescimento, assegurando que as novas gerações estejam preparadas para enfrentar e superar adversidades.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes