Brasil, 9 de junho de 2025
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Leão XIV recebe ordens religiosas e destaca a união entre ação missionária e vida contemplativa

O Papa Leão XIV se encontrou com ordens religiosas no Vaticano, destacando a importância da vocação e da missão na Igreja.

Na manhã desta sexta-feira, 6 de junho, o Papa Leão XIV recebeu, em audiência na Sala do Consistório do Vaticano, os membros da Terceira Ordem Regular de São Francisco, da Sociedade das Missões Africanas e do Instituto dos Servos do Paráclito. Este encontro aconteceu no contexto dos capítulos gerais e celebrações das referidas congregações. Durante seu discurso, o Pontífice ressaltou a importância de unir a vida contemplativa ao zelo missionário, convidando os religiosos a seguir com dedicação suas vocações tanto para a Igreja quanto para o mundo.

A união entre vida contemplativa e ação missionária

Em seu discurso, o Papa Leão XIV enfatizou a necessidade de que cada membro destas ordens busque, em suas vidas, um equilíbrio entre a contemplação e a atividade apostólica. “Rezemos, portanto, antes de tudo, ao Senhor por seus Institutos e por todas as pessoas consagradas, para que, tendo em vista unicamente e acima de tudo a Deus, unam a contemplação, com a qual aderem a Deus com a mente e com o coração, ao ardor apostólico, com o qual se esforçam para colaborar com a obra da redenção”, afirmou o Papa.

Os carismas distintos das ordens religiosas

O Santo Padre ressaltou que os três institutos registrados são distintos entre si, cada um representando um carisma originado em períodos diferentes da história da Igreja. Começando pela Terceira Ordem Regular de São Francisco, a mais antiga entre as ordens presentes, o Papa lembrou suas raízes em São Francisco de Assis, elevadas a uma ordem religiosa por Papa Nicolau V em 1447. Ele encorajou os religiosos a abordarem temas do capítulo geral — como vida comum, formação e vocações — à luz do carisma penitencial, salientando a relevância de um caminho de constante conversão na vida cristã.

“É importante que, como indica o título que vocês deram aos seus trabalhos, enfrentem esses temas à luz do seu carisma ‘penitencial’. Isso, de fato, nos recorda que – segundo as palavras do próprio São Francisco – só por meio de um constante caminho de conversão podemos oferecer aos irmãos ‘as fragrantes palavras de nosso Senhor Jesus Cristo’”, enfatizou o Papa.

O papel da Sociedade das Missões Africanas

O Papa também fez uma menção especial à Sociedade das Missões Africanas, fundada em 1856 pelo venerável bispo Melchior de Marion Brésillac, observando que esta fundação é um claro sinal do coração missionário da Igreja. Ele observou que a fidelidade à missão superou as dificuldades experimentadas pela sociedade ao longo do tempo, permitindo seu crescimento e inspiração para novos horizontes apostólicos, tanto na África quanto em diversas partes do mundo.

“A fidelidade à missão, de fato, fez com que vocês superassem, ao longo do tempo, mil dificuldades internas e externas às suas comunidades, permitindo-lhes crescer e tirar, inclusive das adversidades, ocasiões e inspirações para partir rumo a novos horizontes apostólicos na África e em outras partes do mundo. Que grande sinal para toda a Igreja!”, declarou Leão XIV.

Instituto dos Servos do Paráclito

Por fim, o Papa comentou sobre o Instituto dos Servos do Paráclito, o mais recente dos três institutos, fundado em 1942 pelo padre Gerald Fitzgerald. Ele frisou a missão pastoral deste grupo, que se dedica a atender sacerdotes em dificuldade, exercendo um ministério marcado pela humildade, paciência e discrição. “Vocês exercem, em várias partes do mundo, seu ministério de proximidade, propondo caminhos terapêuticos que associam uma assistência profissional altamente qualificada a uma vida espiritual simples e intensa, pessoal e comunitária”, explicou o Papa, ressaltando que todos os ministros de Cristo também são, por sua vez, necessitados de cura.

A beleza da Igreja em três dimensões

Concluindo seu discurso, Leão XIV expressou sua gratidão pela contribuição dos religiosos à Igreja e ao povo de Deus. “Obrigado pela sua presença, que hoje, nesta sala, nos mostra a Igreja em três dimensões luminosas de sua beleza: o empenho da conversão, o entusiasmo da missão e o ardor da misericórdia. Obrigado por todo o trabalho que fazem em todo o mundo”, concluiu o Pontífice, deixando uma mensagem de encorajamento e esperança para os religiosos presentes.

O encontro no Vaticano reafirma a importância da vida religiosa e o papel crucial que essas ordens desempenham na vivência e no anúncio da fé cristã nos dias atuais.

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