Brasil, 7 de junho de 2025
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Luana Piovani critica apoio a Leo Lins após condenação de 8 anos

Luana Piovani se manifesta contra defesa de Leo Lins após sua condenação por discurso de ódio, trazendo à tona questões sobre justiça social.

A atriz Luana Piovani se posicionou firmemente nas redes sociais contra a defesa pública do humorista Leo Lins, condenado a 8 anos de prisão por discursos de ódio em um show realizado em 2022. Em suas declarações, que foram postadas nos stories do Instagram, Luana enfatizou que a punição é justa e comparou o caso ao tratamento dado a outros crimes, mostrando-se indignada com a reação de alguns famosos que se manifestaram em apoio ao comediante.

“Eu não acho pouco 8 anos para uma pessoa que faz piadas com as minorias marginalizadas”, afirmou Luana, ressaltando a gravidade do impacto que piadas prejudiciais podem ter sobre grupos vulneráveis. Ela classificou como “absurda” a defesa de Lins, questionando por que, segundo ela, apenas homens estavam apoiando o humorista. “Só homem está defendendo o humorista, vocês repararam?”, indagou.

A atriz também abordou a questão da violência contra minorias e destacou como piadas preconceituosas podem reforçar comportamentos agressivos. “Isso pode parecer que não, mas com certeza engrossa o couro de quem bate nas pessoas da comunidade LGBTQIA+, nas pessoas que agridem, que violentam, que estupram, que assassinam”, afirmou Luana, demonstrando sua preocupação com o que considerou uma “tentativa de extermínio” das minorias no Brasil.

A condenação de Leo Lins e seu contexto

Leo Lins foi condenado pela Justiça Federal a 8 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por promover discursos discriminatórios durante seu show “Perturbador”, em 2022. A sentença incluiu não apenas a pena de prisão, mas também uma multa de R$ 303.600 por danos morais coletivos e indenização. A juíza responsável pelo caso, Barbara de Lima Iseppi, argumentou que a liberdade de expressão não pode ser usada como justificativa para discurso de ódio, considerando agravante o tom humorístico empregado por Lins em conteúdos que incitam violência.

Esse julgamento gerou uma ampla discussão sobre os limites da liberdade de expressão, com os advogados de Lins, Carlos Eduardo Ramos e Lucas Giuberti, chamando a decisão de “triste capítulo para a liberdade de expressão no Brasil”. Eles compararam a pena aplicada a crimes graves, como tráfico e homicídio, defendendo que a condenação foi excessiva e desproporcional.

A repercussão na mídia e nas redes sociais

A condenação de Leo Lins e a crítica de Luana Piovani geraram um intenso debate nas redes sociais. A atriz levantou a voz em um momento em que muitos se questionam sobre as desigualdades no sistema judicial brasileiro, especialmente em relação ao tratamento dado a pessoas de diferentes classes sociais. Luana fez menções diretas a casos como o de Corte Real, que pegou 15 anos de prisão pelo falecimento de uma criança, e refutou a ideia de que os oito anos de Lins seriam justos diante de tais comparações.

“Achar que Corte Real pegar 15 anos de cadeia por colocar Miguel no elevador e ele morrer é muito pouco. Um estupro ter uma condenação de 8 anos é muito pouco. Mas 8 anos para quem faz piada com minorias não é”, declarou Luana, trazendo à tona suas preocupações com a inversão de valores na sociedade.

Quem é Leo Lins?

Leo Lins, comediante de stand-up de 42 anos, ganhou notoriedade após sua participação no programa “Domingão do Faustão” em 2008 e posteriormente no “Legendários” e “The Noite com Danilo Gentili”. Apesar de ter uma base de fãs significativa nas redes sociais, onde acumula milhões de seguidores e visualizações em seus conteúdos, Lins também é alvo de críticas constantes devido a suas piadas consideradas de cunho racista, capacitista e machista.

Após a condenação, Leo comentou nas redes sociais, demonstrando ironia ao comparar sua situação à arte e à realidade, gerando ainda mais controvérsia. O desdobramento deste caso ilustra um clima polarizado na sociedade brasileira sobre a liberdade de expressão e seus limites, além de destacar o papel das figuras públicas na formação de opinião sobre temas tão sensíveis.

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