A balança comercial do Brasil registrou um superávit de US$ 7,238 bilhões em maio, resultado da diferença entre US$ 30,156 bilhões em exportações e US$ 22,917 bilhões em importações. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Impacto da guerra tarifária e principais tendências
O mês apresentou uma queda no saldo em relação ao mesmo período de 2024, quando o superávit foi de US$ 8,3 bilhões. No acumulado do ano, o saldo positivo atingiu US$ 24,432 bilhões, comparado aos US$ 35,226 bilhões nos cinco primeiros meses do ano passado. As exportações somaram US$ 136,927 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 112,495 bilhões.
Aumento das importações de produtos chineses e redução das compras dos EUA
Em meio à guerra tarifária entre Estados Unidos e China, as importações de produtos chineses cresceram 19,9% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2024. Por outro lado, as compras de bens americanos tiveram uma redução de 5%. “A disputa tarifária influencia diretamente nos fluxos comerciais entre os países”, explica o economista Carlos Neves, especialista em comércio internacional.
Apesar do aumento nas importações chinesas, as exportações brasileiras para a China caíram 0,5%, devido à diminuição dos preços das commodities, como petróleo, soja e algodão. Já as vendas para os EUA cresceram 11,5%, impulsionadas especialmente por óleos brutos de petróleo e carne bovina.
Deslocamentos nas vendas para blocos regionais
As vendas para a América do Sul cresceram 20,39%, com destaque para o setor de veículos. Para a América do Norte, o aumento foi de 6,47%, evidenciado pela forte demanda por carnes e óleos de petróleo.
Século de queda nas vendas para a Ásia e Europa
As exportações para a Ásia recuaram 2,77%, impulsionadas por quedas nas vendas de petróleo, soja e algodão. Na Europa, a redução foi de 2,94%. Para o Oriente Médio, destaque para a forte queda de 62,7% nas exportações de carne bovina e 26,2% nas carnes de aves.
Segundo especialistas, esses movimentos refletem os desafios globais e as oscilações nos preços das commodities. Apesar das dificuldades, a balança brasileira mantém saldo positivo, sinalizando resistência do setor exportador brasileiro.
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