Nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma declaração inusitada sobre a aparência da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante uma conversa com a imprensa em Paris. O comentário bem-humorado de Lula destacou a dedicação e o trabalho intenso de Marina, que, segundo ele, está “magrinha” devido a tanto esforço em suas funções ministeriais.
A piada de Lula e a realidade de Marina Silva
O líder brasileiro chamou a atenção ao dizer que a ministra, que estava presente no evento, não tem conseguido engordar por conta do trabalho duro que vem realizando. “E a minha ministra, que está ali, bem magrinha, dá uma olhada pra Marina. De trabalhar. De trabalhar. Ela saiu do Acre, na Amazônia, pra ver se ficava mais robusta lá em Brasília. Mas dão tanto trabalho pra ela que ela não consegue engordar. Isso é de trabalhar, é de viajar, é de defender, é de tentar cuidar de um país que foi descuidado durante muito tempo”, comentou Lula no Palácio do Eliseu.
O histórico de saúde da ministra
A saúde da ministra Marina Silva já foi tema de discussão em sua biografia, escrita pela jornalista Marília de Camargo César em 2010, intitulada “Marina: A Vida por uma Causa”. No livro, Marina revela que já foi vítima de malária cinco vezes e contraiu doenças como hepatite e leishmaniose. Em suas palavras, “dificilmente vai errar, porque já tive quase todas”.
Além das doenças, Marina também enfrentou problemas relacionados à saúde durante sua gestação. Conforme relatado, ela foi contaminada por mercúrio, chumbo e ferro, devido ao tratamento de leishmaniose. Na época, lidava com problemas no fígado e no pâncreas, sintomas que geraram episódios frequentes de náuseas e desorientação.
Uma dieta de restrições
A ministra também segue uma dieta rigorosa, evitando cosméticos, chocolate, laticínios e reduzindo a ingestão de açúcar. Essa rotina restritiva reflete suas experiências de saúde e cuidados pessoais ao longo de sua vida.
O apoio de Lula a Marina Silva
Na mesma semana, Lula elogiou Marina Silva em outro evento, afirmando que confia plenamente na ministra. “A companheira Marina Silva é da mais extraordinária lealdade ao governo. É uma companheira que tenho 100% de confiança, que tenho certeza que tem 100% de confiança em mim. Tudo que ela faz, ela se propõe a discutir comigo”, disse Lula, destacando a importância do trabalho colaborativo em sua administração, sem criticar aqueles que têm atacado a ministra.
Entre os ataques, destaca-se uma fala do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que tentou separar a mulher da ministra, dizendo que a primeira merecia respeito, enquanto a segunda, não. Após a declaração, Marina optou por deixar a sessão. A declaração de Lula serve como uma defesa não apenas à sua ministra, mas também à dignidade e ao respeito que todos deveriam demonstrar às mulheres em posições de poder.
Este acontecimento entre o presidente e a ministra ilustra não apenas a leveza e a informalidade das interações políticas, mas também a pressão constante que figuras públicas e especialmente mulheres enfrentam na política brasileira. Os comentários de Lula, embora brincalhões, também refletem a seriedade da dedicação de Marina Silva à causa ambiental e à sua saúde, e como isso é percebido na arena política.
O apoio e confiança do presidente em sua ministra mostram a relevância de um ambiente político saudável, onde líderes podem expressar suas preocupações e desafios, sem perder de vista a importância do respeito e do cuidado mútuo.
