Nesta quinta-feira, o renomado treinador Carlo Ancelotti terá seu primeiro compromisso como técnico da seleção brasileira, enfrentando o Equador. Este será um desafio que, à primeira vista, apresenta poucas dificuldades, e uma vitória poderá deixar o Brasil em uma posição confortável rumo à Copa do Mundo de 2026. Contudo, é importante destacar que uma estreia bem-sucedida nem sempre reflete a trajetória de um treinador na seleção. Nesta perspectiva, relembramos como foram as estreias dos últimos cinco comandantes que estiveram à frente da equipe nacional.
As estreias dos últimos técnicos da seleção brasileira
Recentemente, a seleção brasileira passou por uma série de mudanças em sua comissão técnica, e cada novo treinador trouxe suas próprias expectativas e desafios. A pressão por resultados já estava alta quando o técnico Dorival Júnior assumiu o comando em janeiro de 2024. Sua estreia ocorreu em dois amistosos significativos: contra a Inglaterra e a Espanha, em uma ação conjunta dos países no combate ao racismo. A vitória por 1 a 0 sobre os ingleses e um empate eletrizante de 3 a 3 com os espanhóis animaram os torcedores, especialmente com a estreia do jovem talento Endrick, que marcou um gol contra a Inglaterra.
Apesar de um percentual de aproveitamento de 58,3% em 14 meses de trabalho, com sete vitórias e apenas duas derrotas, a realidade não foi tão otimista. Os sete empates geraram frustração, culminando na demissão do treinador após uma derrota pesada de 4 a 1 para a Argentina.
Fernando Diniz como interino
Nos últimos meses de 2023, Fernando Diniz assumiu a seleção de forma interina, sem deixar de lado seu compromisso com o Fluminense. Sua estreia foi em uma partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, na qual o Brasil venceu a Bolívia por 5 a 1 diante de mais de 90 mil torcedores no Mangueirão. O jogo foi acompanhado com grande entusiasmo e trouxe esperança ao universo do futebol brasileiro, pois Rodrygo e Neymar marcaram dois gols cada, enquanto Raphinha completou a goleada.
Entretanto, a sequência de resultados não foi a esperada. Após uma vitória magra contra o Peru por 1 a 0, o Brasil empatou com a Venezuela e sofreu derrotas para Uruguai, Colômbia e Argentina, o que levou ao fim do ciclo de Diniz, que terminou sua passagem com duas vitórias, um empate e três derrotas, um aproveitamento de apenas 38,9%.
A breve passagem de Ramon Menezes
Ramon Menezes, então treinador da seleção sub-20, também teve uma passagem breve como interino após a saída de Tite. Sua estreia não foi animadora, pois em março de 2023, enfrentou o Marrocos, que havia sido um dos destaques da última Copa do Mundo, e saiu derrotado por 2 a 1. A sequência de jogos não ajudou, com uma vitória contra Guiné e uma derrota para Senegal. Ramon deixou a seleção após apenas três partidas, com um aproveitamento de 33,3%.
O legado de Tite
Uma das figuras mais lembradas entre os treinadores da seleção é Tite, que assumiu o comando em setembro de 2016. Sua primeira partida foi contra o Equador, onde o Brasil venceu por 3 a 0. O início de Tite foi marcante, conquistando oito vitórias em oito jogos, incluindo uma vitória por 3 a 0 sobre a Argentina. No entanto, sua trajetória também teve obstáculos, como a derrota para a seleção argentina em um amistoso, após um ano de trabalho, totalizando 81 jogos com 60 vitórias, 15 empates e apenas seis derrotas, resultando em um impressionante aproveitamento de 81,3%.
Por fim, Dunga teve sua reestreia em setembro de 2014, após a demissão de Luiz Felipe Scolari. Sua primeira partida foi uma vitória por 1 a 0 contra a Colômbia, mas, apesar de um início promissor com 10 vitórias consecutivas, a eliminação na Copa América fez com que sua era se encerrasse com um aproveitamento de 76,2%.
Com a estreia de Carlo Ancelotti, os torcedores esperam um novo capítulo na trajetória da seleção. As expectativas são altas, e um bom resultado diante do Equador pode ser o primeiro passo para uma campanha vitoriosa na Copa do Mundo de 2026.