O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, afirmou que, se o ritmo de concessão de crédito consignado privado for mantido, o volume total pode atingir R$ 100 bilhões até o final de 2025. Atualmente, esse montante já supera R$ 12 bilhões desde o início do ano, com expectativa de ampliar ainda mais essa cifra nos próximos meses.
Perspectivas de expansão do crédito consignado privado
Segundo Vieira, ao longo de duas décadas, o crédito consignado privado tradicional atingiu um volume de aproximadamente R$ 40 bilhões. Com a entrada de novos entrantes no mercado, esse número deve crescer consideravelmente, podendo alcançar a marca de R$ 100 bilhões ao fim do ano. “Há um espaço enorme para o avanço dessa modalidade, que tende a crescer muito nos próximos meses”, destacou durante coletiva de imprensa após a divulgação dos resultados do banco.
Atual cenário e principais diferenças
Desde o dia 21 de março, o crédito consignado privado vem apresentando forte crescimento, contribuindo para a substituição de outras linhas de crédito mais caras, como o parcelamento do cartão de crédito. Enquanto isso, bancos como Itaú e Bradesco projetam maior alavancagem nesse segmento ao longo do ano, destacando o potencial de expansão.
O executivo explicou que, na Caixa, a maior parte dos contratos firmados não visa à troca de dívidas, mas à contratação de novos empréstimos. Ele também mencionou que o ambiente tecnológico facilita a concessão do crédito, que pode ser simulado em apenas três cliques e em poucos minutos.
O papel do crédito consignado na democratização do acesso ao crédito
O presidente da Caixa destacou que essa modalidade é vista pelo mercado como uma oportunidade de ampliar a competitividade e reduzir as taxas de juros. “A Caixa pratica a menor taxa do mercado, de aproximadamente 2,5%, podendo chegar abaixo de 1,7%, dependendo do perfil do cliente”, afirmou Vieira.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou essa visão, ressaltando que a maior parte das concessões de crédito no mercado, de modo geral, refere-se à troca de dívidas, mas que a modalidade de consignado também tem potencial para ampliar o acesso ao crédito para diferentes perfis de consumidores.
Impactos financeiros e estratégicos
No primeiro trimestre de 2025, a Caixa apresentou lucro recorrente de R$ 4,9 bilhões, crescimento de 71,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A carteira de crédito do banco atingiu R$ 1,26 trilhão, com crescimento de 10,7% em um ano, e a margem financeira somou R$ 16 bilhões até março.
A taxa de inadimplência registrou um leve aumento, chegando a 2,49% em março, mas a instituição acredita que esse índice deve retornar aos níveis anteriores ao longo do tempo. Segundo os executivos, o momento é de fortalecimento da base de crédito e ampliação da oferta, com foco na competitividade e na democratização do acesso.
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