Brasil, 7 de junho de 2025
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Jornalista é suspeito de feminicídio e incêndio em Teresina

Fernando Campos é procurado pela polícia após agredir ex-companheira e incendiar seu apartamento em Teresina, Piauí.

No último dia 2 de junho, a cidade de Teresina, no Piauí, foi palco de uma grave violação de direitos humanos quando o jornalista Fernando Campos foi acusado de agredir sua ex-companheira com uma garrafa de vidro, além de atear fogo em seu apartamento. O caso chamou a atenção não só pela brutalidade, mas também pelo histórico de violência do suspeito, que está foragido da Justiça.

Tentativa de feminicídio: quando a intervenção salvou vidas

A Polícia Civil do Piauí (PCPI) investiga Fernando Campos por tentativa de feminicídio, um crime que, segundo dados alarmantes, continua a crescer no Brasil. De acordo com a delegada Nathalia Figueiredo, titular da Delegacia de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a vítima só não foi morta porque um amigo dela interveio no momento da agressão. “Ele foi extremamente violento, bateu na cabeça dela duas vezes, e na segunda, quebrou a garrafa. O punho dela também quebrou durante a agressão”, relatou.

O amigo que estava presente na hora da briga não apenas conseguiu evitar um desfecho trágico, mas também enfrentou o agressor em luta corporal. Fernando, no entanto, conseguiu escapar, mas retornou ao apartamento momentos depois para colocar fogo no local. A vítima, que sofreu heridas significativas, foi internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde passou por cirurgia e já recebeu alta, iniciando seu processo de recuperação.

Histórico de agressões e um alerta sobre a violência de gênero

O caso de Fernando Campos não é isolado. A delegada Figueiredo confirmou que ele apresentava um comportamento ciumento e agressivo ao longo do relacionamento, o que foi uma das razões que levou a vítima a terminar com ele. Informações adicionais revelam que Campos já havia sido registrado em diversos boletins de ocorrência por violência doméstica e familiar, e em agosto de 2024 foi preso por descumprir uma medida protetiva relacionada a uma mulher anterior.

A violência de gênero é um dos temas mais preocupantes na sociedade brasileira. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é assassinada a cada duas horas no país. Esses números alarmantes reforçam a necessidade de uma resposta eficaz por parte das autoridades e da sociedade civil no enfrentamento à violência contra as mulheres.

Foragido da Justiça: um apelo à população

Atualmente, Fernando Campos é considerado foragido. A polícia já divulgou apelos à população pedindo informações que possam levar à sua captura. “Ele estava ciente de que transcorria um inquérito contra ele e orientou funcionários do prédio em que trabalha a não deixarem nenhum policial ou oficial de Justiça se aproximar”, afirmou a delegada. Isso demonstra não apenas uma ameaça à segurança da ex-companheira, mas a desconfiança nas instituições que deveriam protege-la.

As autoridades encorajam a comunidade a se mobilizar e denunciar qualquer informação sobre o paradeiro do suspeito. A denúncia pode ser feita de forma anônima pelo site da Polícia Civil ou pelo telefone 190, número da Polícia Militar. A participação da sociedade é essencial para a proteção das vítimas e para a pronta justiça.

Conclusão: um clamor por justiça

O caso do jornalista Fernando Campos destaca não apenas a gravidade da violência contra a mulher no Brasil, mas também reivindica uma reflexão profunda sobre os sistemas de proteção disponíveis e a cultura de silêncio que muitas vezes rodeia esses crimes. Cada ação de denúncia, cada medida de proteção e cada conversa sobre o tema pode fazer a diferença na vida de pessoas que enfrentam situações semelhantes.

A esperança é que, com o devido tratamento e a busca por justiça, a vítima consiga se curar física e emocionalmente, e que casos como este sirvam para que a sociedade avance em direção a um ambiente mais seguro para todas as mulheres.

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