A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (5/6), trouxe informações relevantes sobre o cenário político brasileiro, especialmente em relação ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). De acordo com os dados, 34% dos brasileiros afirmam ter a intenção de votar no filho do ex-presidente Jair Bolsonaro em um possível segundo turno nas eleições de 2026. No entanto, o CEO da Quaest, Felipe Nunes, chamou a atenção para o fato de que Eduardo “é o único nome que não parece ganhar tração ao longo dos meses”.
A distribuição das intenções de voto
No que diz respeito à disputa eleitoral de 2026, os números indicam que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 44% das intenções de voto. Em contraste, Eduardo Bolsonaro, que recebe 34%, não se mostra competitivo diante do atual presidente, segundo a análise de Felipe. “As intenções de voto entre eles não se alteraram nos últimos cinco meses, e Lula mantém a larga vantagem de 10 pontos sobre Bolsonaro”, avaliou o cientista político.
Rejeição e imagem pública
Em uma pesquisa anterior divulgada em fevereiro deste ano, Eduardo Bolsonaro também tinha um desempenho negativo, liderando o ranking de rejeição entre os brasileiros, com 55% dos entrevistados se manifestando contrários à sua candidatura. Essa rejeição pode estar diretamente relacionada ao seu afastamento da Câmara dos Deputados em março deste ano e à sua atual residência nos Estados Unidos, onde alegadamente denuncia abusos por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Esse distanciamento político e geográfico pode estar afetando não apenas a imagem de Eduardo, mas também sua capacidade de angariar apoio popular nas próximas eleições. A polarização e o cotidiano dos brasileiros, repletos de desafios, podem ter ocasionado um cansaço nas narrativas que envolvem figuras como ele e seu pai.
O panorama do segundo turno
Sobre uma possível competição no segundo turno das eleições de 2026, a pesquisa sugere que Lula empata com pelo menos cinco outros candidatos à presidência: Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro (PL), Ratinho Junior (PSD), Eduardo Leite (PSD) e Jair Bolsonaro (PL), embora o ex-presidente esteja inelegível. Anteriormente, em abril, Lula liderava todos os concorrentes e apenas empatava com Jair Bolsonaro, o que mostra uma mudança no cenário de apoio ao longo dos meses.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa da Quaest foi realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho e consultou 2.004 pessoas, apresentando um nível de confiabilidade de 95% e uma margem de erro de 2 pontos percentuais. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e tem importantes implicações para o futuro político do país, especialmente com a possibilidade de um novo embate entre forças diametralmente opostas.
As perspectivas futuras
O cenário político brasileiro continua a ser dinâmico e desafiador. A primeira metade do ano de 2023 trouxe à tona discussões sobre novas possíveis alianças e candidatos, mas também reacendeu a polarização que permeia a política brasileira. com figuras como Lula e Eduardo Bolsonaro, cuja popularidade está em constante mudança e evolução dentro da sociedade.
À medida que as datas das eleições se aproximam, será crucial para os candidatos não só arrecadarem apoio, mas também se adaptarem às novas demandas e expectativas dos eleitores. O afastamento de Eduardo Bolsonaro da Câmara dos Deputados pode ser um fator que afeta suas futuras articulações políticas, e os desafios que a população enfrenta precisam ser incorporados nas agendas de campanha.
Com o cenário se desenhando, resta acompanhar as movimentações dos pré-candidatos e as respostas que eles terão diante das expectativas crescentes de um eleitorado que parece cansado da polarização, buscando alternativas que possam trazer soluções efetivas para os problemas do Brasil.