Brasil, 6 de junho de 2025
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Trump aumenta tarifas sobre aço e alumínio e impacta Brasil

A nova medida tarifária dos EUA levanta preocupações sobre a indústria brasileira de alumínio e aço.

No dia 4 de junho de 2023, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou uma nova medida que eleva as tarifas de importação sobre aço e alumínio. A partir de agora, as tarifas, que já havia sido elevadas para 25% em março, saltam para 50%. Essa decisão gerou sérias preocupações na indústria nacional, especialmente entre os representantes da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), que classificaram a medida como um agravante para as incertezas comerciais que permeiam o setor.

A resposta da indústria brasileira

A Abal emitiu um alerta sobre os riscos que esta nova escalada tarifária representa para o mercado de alumínio e reforçou a necessidade de uma resposta estratégica e bem calibrada por parte do Brasil. A associação destacou que, diante do cenário atual de instabilidade nos mercados internacionais, a ação do governo Trump é um sintoma das complexas disputas comerciais e desafios globais enfrentados pela indústria. “Estamos diante de uma nova realidade global onde a volatilidade é constante e impõe riscos adicionais às cadeias produtivas”, declarou a Abal.

Os líderes da Abal ressaltaram a urgência de uma visão de longo prazo que possa reposicionar o Brasil nas cadeias produtivas globais e mitigar os impactos negativos dessa decisão. O presidente da associação, por exemplo, enfatizou que o Brasil possui recursos únicos, como a quarta maior reserva de bauxita e a terceira maior produção global de alumina, o que pode servir como uma vantagem competitiva essencial na batalha contra as tarifas elevadas.

Impactos diretos sobre as exportações brasileiras

De acordo com a Abal, estima-se que até 90% do alumínio primário produzido nos EUA tenha insumos que chegam do Brasil. No ano passado, os Estados Unidos absorveram 6,8% das exportações brasileiras de alumínio, com foco em produtos como chapas e folhas. Esse vínculo estreito entre os países torna a nova alíquota afeta não só as importações, mas, consequentemente, a própria produção e a geração de empregos no Brasil.

O contexto da decisão de Trump

O aumento das tarifas foi anunciado por Trump em um comício na Pensilvânia e tem como justificativa o fortalecimento da segurança nacional e a proteção da indústria siderúrgica americana. Com isso, a nova política tarifária representa uma ampliação das medidas que já haviam sido impostas anteriormente e direcionadas a importantes parceiros comerciais, como Brasil, México e Canadá, que já haviam enfrentado os efeitos das tarifas iniciais.

“Vamos passar de 25% para 50% nas tarifas sobre o aço importado para os Estados Unidos, o que vai proteger ainda mais a indústria siderúrgica americana”, afirmou Trump durante o evento. A sua posição reflete uma estratégia de olhar mais atento ao mercado interno, mesmo que isso implique tensões nas relações comerciais com outros países.

Reações internacionais e impacto econômico

Além do Brasil, outros países impactados pela nova política tarifária incluem o México e o Canadá, que podem enfrentar dificuldades semelhantes ao tentar se ajustar a um ambiente comercial em rápida mudança. Por outro lado, o Reino Unido garantiu a manutenção da tarifa anterior de 25% graças a um recente acordo comercial com os EUA, uma medida que demonstra a complexidade das relações comerciais atuais.

Os impactos econômicos dessa nova medida tarifária ainda estão sendo analisados, mas a expectativa é que, se não houver uma resposta clara e eficaz da indústria brasileira, o país poderá enfrentar consequências significativas em sua balança comercial e, portanto, em sua economia como um todo.

Considerações finais

Com as recentes mudanças nas tarifas impostas pelos EUA, o Brasil precisa ser ágil na resposta. A defesa comercial e o reposicionamento na indústria de alumínio e aço são passos essenciais para assegurar a competitividade frente a novos desafios globais. É crucial que as autoridades e a indústria trabalhem unidas, buscando soluções que garantam a estabilidade e o crescimento do setor diante de um cenário de incertezas.

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