Brasil, 6 de junho de 2025
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Deputada Carla Zambelli tem contas em redes sociais bloqueadas

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve suas redes sociais suspensas em decisão do STF após pedido de prisão preventiva.

A deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo, teve suas contas nas redes sociais bloqueadas, incluindo YouTube, Facebook, Instagram e LinkedIn, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão acontece em meio a um pedido de prisão preventiva da parlamentar, desencadeando uma série de polêmicas ligadas a sua atuação nas redes.

O bloqueio das contas e a reação de Zambelli

Além de suas próprias contas, a decisão de Moraes também abrangeu o Instagram da mãe da deputada, Rita Zambelli. O ministro argumentou que as contas estariam perpetuando atos ilícitos. Em resposta, Carla Zambelli expressou sua indignação em nota: “O ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio da conta de Instagram do meu filho, João Zambelli, um jovem de apenas 17 anos que está iniciando sua trajetória na vida pública. Com isso, não atacou apenas a deputada ou a cidadã Carla Zambelli. Ele atacou uma mãe.”

Transferência de titularidade e a estratégia política

Na semana anterior ao bloqueio, Zambelli havia transferido a titularidade de suas contas nas redes sociais para sua mãe, numa tentativa de contornar possíveis bloqueios judiciais. Essa manobra pode ser vista como uma estratégia para preservar sua presença online, especialmente considerando que Rita Zambelli é cotada para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2026.

Fuga do país e contexto da condenação

O bloqueio das redes sociais e o pedido de prisão ocorreram logo após Zambelli anunciar sua saída do país. Em entrevistas e nas redes sociais, a parlamentar afirmou estar nos Estados Unidos, com planos de seguir para a Itália. Essencialmente, essa decisão veio após a condenação do STF que resultou em uma pena de dez anos e seis meses de prisão, relacionada a crimes cibernéticos.

Zambelli deixou o país antes que o julgamento de seus recursos contra a condenação fosse finalizado, numa clara tentativa de evitar a execução da pena e a possível perda de seu mandato parlamentar. A condenação é vinculada a um caso de invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em que colaborou com o hacker Walter Delgatti Neto.

As acusações graves sobre documentos falsos

Conforme relato da Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli e Delgatti teriam forjado documentos que foram inadequadamente inseridos no Banco Nacional de Mandados de Prisão, mantido pelo CNJ. Entre esses documentos, destacava-se um falso mandado de prisão contra o próprio ministro Alexandre de Moraes, que tinha sido redigido de tal forma a parecer que tinha sua assinatura.

A suspensão das contas de Zambelli e os desenvolvimentos legais em torno de sua figura levantam questões sobre a liberdade de expressão e o uso das redes sociais por políticos no Brasil. A utilização de plataformas digitais para comunicação política, especialmente em tempos de incerteza legal, continua sendo uma arena de conflito que envolve não apenas questões jurídicas, mas também direitos individuais e coletivos.

Reflexões sobre a situação da deputada

Enquanto os desdobramentos legais progridem e o cenário político se prepara para as eleições futuras, a situação de Carla Zambelli serve como um microcosmo das tensões atuais no Brasil. Numa era em que a presença digital é vital para a comunicação e a mobilização política, o bloqueio de contas e a luta pela liberdade de expressão se tornam cada vez mais centrais no debate público.

O próximo movimento da deputada, assim como as reações do público e de seus apoiadores, poderá moldar não somente sua trajetória política, mas também influenciar o ambiente das redes sociais e a maneira como os políticos brasileiros se conectam com seus eleitores em tempos de crise.

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